quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Be Alright - Capítulo 34


Justin : Não podemos mais ficar... juntos. - Ele abaixou a cabeça.
Eu : Q-que? - gaguejei.
Justin : Não podemos mais ficar juntos. - Ele pronunciou cada palavra distintamente, como se estivesse falando com uma pessoa com problemas mentais.
Com uma onda de náusea, percebi o que ele estava dizendo.
Eu : P-por que? - gaguejei novamente.
Ele me olhou sarcasticamente, seu rosto sendo tomado por uma máscara fria e insensível.
Justin : Seu nome , eu sou uma estrela do pop. Eu cansei de tentar ser normal. Eu tenho fãs, elas me amam, e eu não faço nada por elas há dois anos. Vou sair em turnê. Eu gosto disso, estou cansado de fingir ser uma pessoa comum. Eu pertenço a outro mundo, o mundo das celebridades, das câmeras, dos paparazzis, da fama. E não há espaço para você nesse mundo. O que nós tínhamos era uma amizade, acho que confundimos isso com amor, e acabou indo longe demais. Sinto muito.
Houve uma pausa enquanto eu repetia suas palavras em minha cabeça algumas vezes, procurando seu verdadeiro significado.
Ao perceber o que ele dizia, eu me levantei num salto, e olhei em seus olhos de cor mel.
Eu : Você vai embora?
Justin : Sim. E eu não vou voltar mais, não para a sua vida. Você nunca mais vai me ver.
Eu : VOCÊ MENTIU! - eu gritava, furiosa. - VOCÊ DISSE QUE NUNCA IRIA EMBORA! VOCÊ DISSE QUE ME AMAVA, MAS NUNCA AMOU! QUAL É A GRAÇA DE FAZER AS PESSOAS SOFREREM? POR QUE VOCÊ ME ILUDIU? EU NUNCA IMAGINEI QUE VOCÊ FARIA ISSO COMIGO, NUNCA! QUER SABER, JUSTIN, VOCÊ CRITICAVA O DAVID, MAS VOCÊ É MIL VEZES PIOR.
Ele se levantou e aproximou-se de mim.. Beijou minha testa por um longo segundo e depois se afastou, olhando em meus olhos.

Justin : Sinto muito - murmurou ele.
Eu : Não sinta. Não quero que um mentiroso sinta algo por mim. Adeus, Justin. - Lhe virei as costas, lágrimas quentes rolando pelo meu rosto. Corri para o meu carro e dei partida.
As lágrimas embaçavam minha visão. Eu estava sem foco. A dor tomava cada parte do meu corpo. Eu podia ouvir o sangue martelando mais rápido do que o normal em meus ouvidos.
Eu estava tonta; era difícil me concentrar na rua. As palavras dele giravam em minha cabeça, e ouvi a voz dele. Eu jamais, jamais deixaria você, dissera.
Ele mentiu.
Ele não me amava. Todas as palavras, todos os beijos, todos os carinhos, todas as noites ao seu lado... foram uma mentira.
Eu vivi uma mentira.
Eu sabia que não devia ter me apaixonado de novo, porque é isso que o amor faz com as pessoas. Ele quebra, ele destrói.
E o que eu ia fazer agora? É impossível viver sem ele.
Finalmente cheguei em casa. Corri para o meu quarto e fechei a porta, desabando ali mesmo.
E uma pergunta dominava minha mente: por quê?
Por que ele fizera isso? Por que ele me iludira? Por que ele me deixou acreditar que me amava de verdade, quando era só amizade?
Doía, doía pra caralho, e o pior era saber que eu jamais veria ele de novo. 
Um plano começava a se formar em minha mente. Lembrei que Phe ia para uma festa hoje, aquele tipo de festa adolescente onde só tem pessoas se comendo. Ele me chamou mas eu recusei o convite por não gostar desse tipo de ambiente.
Peguei o meu iPhone e disquei o número dele. Engoli o choro.
Phe : Alô? - atendeu ele.
Eu : Phe...
Phe : Oi, Seu nome . O que você tem?
Eu : Nada, eu estou bem - menti. - Aquele convite ainda está de pé?
Phe : Claro, mudou de ideia?
Eu : Sim.
Phe : Então... vou sair daqui a duas horas e meia, ok?
Eu : Ok, vou me arrumar. Tchau.
Phe : Tchau.
Desliguei.
Sem ter certeza do que estava fazendo, tomei um banho. Eu não conseguia me concentrar em nada, pois a dor tomava cada parte do meu corpo. E da minha mente, também.
Os flashbacks começaram, cada momento que passamos juntos passava pela minha cabeça. Tudo isso me cortava mais fundo do que se eu estivesse enfiando uma gillette em mim.
De uma coisa eu tinha certeza: eu nunca pararia de amar Justin.
Pensar naquilo estava me deixando pior ainda, então eu me apressei em sair do banho. Puxei do dedo o anel que ele tinha me dado e joguei em cima da cama. Depois eu me livraria dele.
Coloquei uma roupa, fiz uma maquiagem qualquer, passei perfume... não estava prestando atenção em nada do que fazia. Assim que terminei, desci as escadas. Eu queria chorar, mas me controlei. Olhei o relógio, eram 22:58. Bom, hora de encontrar o Phe.
Minha mãe mãe apareceu no topo da escada, e praticamente correu para mim.
Sua mãe : Meu Deus, o que aconteceu com você? - perguntou-me ela, enquanto pegava minha mão. Eu me levantei.
Não sabia o que falar.
Eu : Nada - falei. Parecia que havia algo preso em minha garganta, como se eu estivesse sufocando.
Sua mãe : Eu te conheço, me diga o que aconteceu.
Eu : Nada. Eu só vou... sair.
Sua mãe : Para onde?
Eu : Eu vou para uma festa com o Phe e... o Niall.
Sua mãe : E o Justin?
Seu nome me fez estremecer.
Eu : Não tem mais Justin. - Pronunciei as palavras de modo lendo a preciso. A dor me assolava. Ela pareceu se surpreender.
Sua mãe : Como assim?
Eu : Mãe, estou indo, tá? Não sei que horas vou voltar.
Sua mãe : Seu nome... - sussurrou ela, a voz preocupada.
Mas eu já tinha saído de casa.
Bati na porta da casa do Phe. Ele e Niall atenderam.
Niall : Uau... - murmurou Niall, mas eu o ignorei.
Phe : Vamos? - perguntou Phe, animado.
Eu : Vamos.
Niall estava me medindo, e parou o olhar na minha mão direita. Ele sorriu, provavelmente ao perceber que não havia mais anel ali.
Phe : Quanta animação - resmungou Phe, e eu revirei os olhos. Ele apenas riu e me guiou para o carro.
No caminho inteiro, eu só pensava nele. A dor de perdê-lo tomava conta de cada centímetro do meu corpo.
Por que ele mentiu para mim? Se a intenção era me deixar, por que ele me iludiu? Ele era um ótimo ator, eu podia jurar que os seus "eu te amo" eram verdadeiros se ele não tivesse negado com tanta clareza.
Eu tinha prometido que nunca mais acreditaria em nenhum "eu te amo", por que eu fui acreditar justo no dele? Por quê?
Phe : Chegamos - murmurou Phe, arrancando-me de meus devaneios. Eu o olhei.
Phe : Você está bem? - perguntou ele, analisando meu rosto.
Apenas balancei a cabeça e saí do carro. Eu sabia que Phe me conhecia mais do que eu mesma, e sabia que eu não estava bem. A dor devia estar estampada em meu rosto, imaginei.
Finalmente entramos na casa onde acontecia a festa. Não preciso comentar que haviam pessoas se comendo por toda a parte, né?!
Phe falou com um garoto, acho que era o dono da casa. Nos apresentou, e o tal garoto me mediu e piscou para mim. Não reagi.
Eu não estava ali para pegar ninguém, muito menos para me divertir. Eu estava ali para beber.
Niall sabia que eu não gostava desse tipo de ambiente, então me olhou e disse:
Niall : Quer ir lá para fora?
Eu assenti com a cabeça. Enquanto andávamos, eu parei no balcão de bebidas e peguei um drink. Niall pegou um também e seguimos.
Paramos num banquinho perto da piscina. Havia outro balcão de bebidas do lado. Nos sentamos e eu fiquei em silêncio.
A dor me tomou novamente.
Niall : Quer me contar o que aconteceu? - perguntou Niall, analisando-me.
Balancei a cabeça, negando.
Ele pareceu decepcionado.
Niall : Foi ele, não é? - insistiu.
Eu : Não quero falar sobre isso.
Niall : Tudo bem.
Eu peguei outro drink na bancada de bebidas ao lado.
Eu ficava bêbada com muita facilidade, e essa era a intenção. Uns 5 drinks depois eu já estava meio tonta.
Comecei a pegar bebidas mais pesadas ao invés de drinks; vodka, red bull, big apple e outras que eu não sabia o nome. Niall tinha parado de beber.
Niall : Não é melhor você parar? - perguntou ele, preocupado.
Balancei a cabeça, negando novamente, e continuei bebendo.
A próxima coisa que percebi é que eu abri os olhos e não sabia onde estava, apenas que Niall e Phe me encaravam. Eu estava deitada.

Justin narrando

Eu sempre soube que segurar meu mundo em minhas mãos não era uma coisa fácil. E eu o deixei escapar.
Eu deixei ela i.
Eu menti, disse que não havia espaço para ela em meu mundo, disse que tinha deixado tudo ir longe demais, que não a amava, eu vi a decepção em seus olhos, eu a deixei acreditar que tudo nós vivemos foi uma mentira.
Mas não foi, porra.
Eu nunca me senti mais vivo do que quando estava ao lado dela, eu nunca senti tanta falta de alguém como eu sentia quando ela estava longe, eu nunca tive tanta vontade de passar cada segundo da minha vida com alguém como eu tive com ela, eu nunca planejei um futuro com ninguém como eu havia planejado com ela. Eu nunca me senti tão feliz com alguém como eu me senti com ela.
Porque porra, eu amava ela com cada centímetro do meu corpo, eu amava ela com a minha alma, eu nunca amei tanto alguém assim. E às vezes nós temos que fazer sacrifícios por amor.
É claro que eu poderia sair em turnê e tentar manter um relacionamento à distância, mas eu sabia que ficar longe um do outro nos faria sofrer mais ainda do que um fim. Porque com um fim ela poderia viver a vida dela, poderia tentar ser feliz com outra pessoa... Talvez o Niall , eu não sei, ela sendo feliz bastava para mim.
Quem sabe o tempo possa curar as feridas, quem sabe um dia ela seja tão feliz que esqueça da minha existência.
Mas eu duvidava que eu pudesse ser feliz com outra pessoa além dela.
Eu magoei a pessoa que eu mais amo no mundo, eu menti para ela, eu sou o pior ser humano que existe.
Mas eu fiz isso pela felicidade dela, talvez isso contasse para alguma coisa.
A ideia de nunca mais encostar meus lábios nos dela me apavorava. Eu nunca mais faria cafuné em seu cabelo, jamais me perderia naquele olhos cor de ( cor dos seus olhos ) e profundo que eram seus olhos...
Eu sei que não é justo duas pessoas que se amam tanto ficarem separadas. Mas alguém já te falou que a vida não é justa?
Chorando e bebendo Whisky, eu nunca imaginei que acabaria assim um dia. Mas é isso que o amor faz com as pessoas.
Eu sabia que era errado, mas bebi. Bebi até esquecer meu nome, literalmente. Bebi enquanto pranteava a perda do amor da minha vida.
O que você está pensando?Que é drama? Que dois anos de amizade e nove meses de namoro não são suficientes para se apaixonar, para amar de verdade? Que eu sou jovem demais para poder definir quem é ou deixa de ser o amor da minha vida?
Você está enganado.
Sabe quando uma pessoa faz você se sentir vivo, faz você ter vontade de viver? Sabe quando suas pernas tremem ao chegar perto de alguém, quando a distância dói profundamente, quando você quer proteger uma pessoa, e quer que ela seja feliz, independente se vai ser com você, ou não?
Foi isso que aconteceu comigo. Mas não foi só isso.
Era amor, amor de verdade. Não apenas uma paixonite adolescente, mas amor. Eu soube disso desde o primeiro segundo que olhei aqueles olhos cor de céu. Soube disso quando via outro cara beijando ela e desejei que fosse eu em seu lugar. Soube disso quando minha vontade de estar com ela era maior do que a minha vontade de viver. Eu sempre soube que era ela quem eu amava.
Isso é clichê, eu sei. Mas porra, é verdade. É tudo verdade.
E agora é como se um pedaço de mim tivesse sido arrancado.
Talvez o alcóol curasse isso, então continuei bebendo.

Você narrando

Demorei um pouco para começar a raciocinar.
Onde eu estava?
Meu quarto. Sim, meu quarto.
Olhei aqueles dois rostos me encarando. Phe e Niall. Mas porra, o que eles estavam fazendo no meu quarto?


3 comentários:

  1. ahhhhhhhhhhhhhh lindo lindo lindo posta maissss

    ResponderExcluir
  2. Acho quee voou piraar akii! POSTA LOGO AMEI AMEI !

    Isabella- SP

    ResponderExcluir
  3. ownnnnnnn e ahhhhhhhhhhhhhhhhhhh :'( to me sentindo como se fosse realidade....
    by:giovanna

    ResponderExcluir