( Leia escutando Here Without You, e quando acabar dê replay)
Mas porra, o que diabos eles estavam fazendo no meu quarto?
Nada fazia sentido. Minha cabeça doía, latejava. Eu estava tonta.
Eu : O que aconteceu? - perguntei, meio grogue, a voz mais fina do que o normal.
Phe estava sério, a fisionomia preocupada. Me olhou por um longo momento, e depois falou:
Phe : Você bebeu demais, e acabou desmaiando. Nós trouxemos você para casa. Eu ia te carregar, mas o Niall implorou para eu deixar ele te colocar nos braços. Eu tive que ceder.
Niall : Idiota - resmungou Niall, interrompendo.
Phe : Sua mãe quase teve um ataque quando te viu desmaiada. Ela está preocupada, e eu também. Você fala dormindo, sabia? Você ficou repetindo "ele se foi" a noite inteira.
Ah.
Não foi um pesadelo. Ele tinha mesmo ido embora.
Lágrimas começaram a rolar pelo meu rosto. As ondas de dor que haviam me assaltado antes se erguiam agora com força e inundaram minha cabeça.
Phe : Seu nome , seu nome ? Você está bem? - perguntou Phe, se inclinando para enxugar minhas lágrimas. Niall me encarava, o rosto atormentado, e ao mesmo tempo contorcido de dor.
Eu me virei, enterrando minha cabeça nos travesseiros. As lágrimas rolavam sem parar. Eu tive a leve consciência de que alguém saiu do quarto. Deve ter sido Niall, pois Phe perguntou em seguida:
Phe : Quer conversar?
Balancei a cabeça, negando.
Phe : Ele foi embora.
Eu tive outro acesso de choro.
Phe : Calma, eu estou aqui - disse, afagando meu rosto.
Não respondi. Chorar estava fazendo minha cabeça doer mais ainda, mas eu não me importava. Era o único jeito de colocar a dor para fora, mesmo sabendo que ela não sairia de dentro de mim.
Após alguns minutos, Phe desistiu, com um suspiro, e saiu do quarto. Continuei chorando. Eu não queria pensar, eu não queria lembrar dele. Eu não queria... viver.
Sua mãe : Seu nome , querida, você está bem? - perguntou a voz suave de minha mãe depois de dar três batidas rápidas na porta. Ela estava preocupada.
Não respondi. Ela se sentou em minha cama analisando meu rosto.
Sua mãe : Por que bebeu tanto ontem? Você e o Justin brigaram? Não precisa de tudo isso, eu tenho certeza que vocês vão se acertar...
Eu me encolhi ao ouvir o nome dele. Continuei muda; eu queria responder, mas não encontrava minha voz.
Ela continuou me fazendo perguntas e falando, mas eu não ouvi nenhuma palavra do que ela disse. Fechei os olhos, agarrando os olhos e deixando que uma dor desconhecida tomasse conta de mim.
Eu não sei a que altura, mas ela desistiu e saiu do quarto.
Sem saber o que estava fazendo ao certo, levantei-me e tomei um banho. Depois, voltei à cama e fechei os olhos.
E creio que devo ter continuado assim por um bom tempo.
Justin narrando
Pattie : Justin? - disse uma voz feminina e doce, me acordando. Eu não sabia quem era.
Abri os olhos, e encarei um par de olhos azuis como o céus. Eles me lembraram os da... Seu nome por sempre brilharem de um jeito inexplicavel . Mas não eram os dela, definitivamente.
Levei alguns segundos para perceber que era só minha mãe. Alguns segundos depois também, descobri que minha cabeça doía.
Justin : Mãe? - perguntei.
Pattie : Sim, sou eu, querido... você me parece péssimo. O que aconteceu?
Mil cenas passaram pela minha cabeça. Eu havia decepcionado alguém. Espera, esse alguém era... a minha garota. Não, nela não era minha garota mais. Nós havíamos terminado, é isso? Não, eu terminei tudo, acho.
Porra, por que estava tudo tão confuso?
Justin : Eu... e a Seu nome ...
Pattie : É, o Scooter me contou que você decidiu seguir os conselhos dele. Foi tão ruim, assim?
Justin : Foi horrível - gemi.
Pattie : Acho que você bebeu demais, Justin.
Não respondi. Estava tudo muito confuso. Tive a leve impressão que minha mãe me levantou e me deu um banho, mas sei lá, só tive.
Eu simplesmente não estava ciente do que acontecia ao meu redor. Alguma coisa me impedia de voltar à superfície.
Demorei algum tempo para entender que não era só minha cabeça que doía, mas meu peito esquerdo. Como se estivesse cheio de cortes...
Pattie : JUSTIN! - protestou minha mãe, retirando-me de meus devaneios.
Justin : Oi? - falei. Minha voz estava estranha.
Pattie : Eu estou aqui pedindo para você comer há horas, e você simplesmente não me escuta.
Justin : Ah - murmurei.
Pattie : Olha, coma, por favor - disse ela, me oferecendo uma bandeja.
Eu a peguei e comi o que estava ali sem prestar muita atenção no que era.
Só então tive a leve consciência de que estava tomando uma xícara de café. O sabor amargo me trouxe à realidade.
Eu briguei com a Seu nome . Eu magoei ela. Eu terminei com ela. Eu menti. Eu nunca mais ia vê-la.
Eu... nunca mais ia vê-la?
Lágrimas quentes rolaram pelo meu rosto. Eu encarava minha mãe, paralisado, e ela me encarava de volta, assustada. Eu não era de chorar, nunca.
Alguma coisa dilacerava meu coração.
Pattie : Justin, o que foi? Por que está chorando? Justin!
Justin : Nós terminamos - falei, a voz fraca, mais para mim mesmo do que para minha mãe.
Pattie : Eu sei - ela sussurrou.
Justin : Eu nunca mais vou vê-la - raciocinei.
Pattie : Never say never - disse minha mãe, apertando minha mão e me olhando. Eu sabia, olhando no fundo de seus olhos, que ela concordava comigo.
Como eu iria viver sem ela? Como eu iria encontrar forças, sem olhar em seus olhos? Como eu ia dormir sem ouvir sua voz antes? Como eu ia viver sem ela?
Porque não há nenhuma possibilidade de viver sem seu nomo e seu sobrenome .
3 meses se passaram
Minha mãe estava extremamente preocupada comigo, ela cuidava de mim como se eu fosse um bebê. Ela dizia que eu estava morto, sem vida. E eu estava mesmo. Eu não vivia, eu apenas existia.
E na verdade, não era só ela. A equipe toda estava preocupada comigo. E minhas fãs, também.
Tá, vocês querem saber o que acontecendo, certo? Então vamos lá.
E se eu disser, que eu não consigo esquecer ela? E se eu disse que em cada rosto que eu vejo, eu procuro traços dela? E se eu disser, que quando eu fecho os olhos, é o rosto dela que eu vejo?
Eu não era mais o mesmo.
Estávamos no Arizona, será o primeiro show da Believe Tour. Lancei um album, e nesse três meses fui para vários países divulgá-lo. Eu sabia que devia estar animado, mas simplesmente não conseguia.
Agora eu tinha que sorrir e fingir que estava tudo bem quando minha vontade era chorar, só para não preocupar mais ainda minha equipe, família e fãs, e para não alertar a mídia sobre minha depressão.
Eu e Alfredo não tínhamos mais aquela amizade de antes. Ele ainda era meu diretor, ainda me acompanhava, mas era só profissionalmente. Ficou muito bravo comigo quando soube o que eu tinha feito com ela, mas mal sabia ele que sua raiva era desnecessária. Eu já me odiava o suficiente.
Eu fazia exercícios para a voz agora. Minha mãe observava tudo, os olhos atentos. Meu pai, Jazzy e Jaxon deviam estar em algum lugar, eu só não sabia onde.
Scooter : Está quase na hora, Justin - disse Scooter ao entrar no meu camarim. Mama Jan assentiu com a cabeça e eu parei com os exercícios para dizer:
Justin : É, eu sei.
Scooter : Está preparado?
Scooter : Vamos, garoto, cadê a animação? Onde está o velho Justin?
Justin : Bom... acho que ele se foi - respondi automaticamente.
Scooter : Pois o ache, nós precisamos dele e não desse zumbi que estou vendo na minha frente.
Suspirei.
Justin : Scooter...
Scooter : Sem essa de "Scooter", Justin. Eu não sei o que está acontecendo com você. Já se olhou no espelho? Você não tem cor, nem expressão. Seus olhos estão vazios. Você parece... morto. É isso, morto. Ou um zumbi. Não sei para onde aquele Justin que eu conheci foi, mas dê um jeito de trazê-lo de volta.
Fiquei em silêncio. Depois de alguns minutos me encarando, Scooter virou as costas e saiu. Jan me olhou e disse:
Jan : Bom, terminamos. Você está pronto, boa sorte, Justin, estou torcendo por você.
Justin : Obrigada - murmurei.
Como Scooter, ela saiu do camarim à passos largos.
Pattie : Justin... - disse minha mãe.
Justin : Oi?
Pattie : Eu acho que o Scooter tem razão. - Ela suspirou, se levantando e sentando na cadeira que Jan estava antes. Eu assenti.
Pattie : Escuta, você não é o primeiro a passar por esse tipo de situação, nem o último. Desde que você terminou com a Melanie... bom, você está sem vida, Justin. Eu sei que você chora à noite. Eu sei que você ainda gosta dela. Você não consegue disfarçar, todos estão preocupados com você, você sabe disso. Mas eu acredito em você, eu sei que você consegue superar, eu sei que você é forte o suficiente para isso. Tente encontrar o velho Justin, eu sei que ele ainda está aí dentro.
Era tão gratificante saber que mesmo eu estando um lixo, minha mãe ainda acreditava em mim. Só ela e minhas fãs. Ah, e meu pai também. Se não fossem eles eu provavelmente já teria voltado correndo para os braços da Seu nome , se é que ela estava de braços abertos para mim, coisa de que eu duvidava. Mas eu não ia estragar mais ainda a vida dela, eu já causara danos demais.
Justin : Obrigado - falei para minha mãe, enquanto nós nos levantávamos para nos dar um abraço. - Obrigada por sempre acreditar em mim.
Pattie : Não há de quê. Agora eu estou indo, o show começa daqui a pouco. Eu sei que você vai fazer o melhor que pode, como eu disse, acredito em você.
Justin : Obrigado - repeti.
Ela me deu um último abraço e saiu, fechando a porta silenciosamente.
Encarei meu próprio rosto naquele espelho enorme que cobria praticamente a parede inteira diante de mim.
Suspirei. Eu tinha que dar o melhor de mim hoje, eu sabia que tinha que ir lá e deixar minhas fãs orgulhosas. Mesmo destruído por dentro, eu tinha que ser o melhor que eu podia.
Levantei-me e tomei um banho, a água quente da banheira relaxou meus músculos. Eu queria fechar os olhos, mas sabia que se o fizesse o rosto dela ia aparecer, e isso não ajudaria nada na estratégia de aparentar felicidade.
Saí do banho, coloquei um roupão e fui escolher minha roupa.
Escolhi qualquer uma, não prestava muita atenção nisso mais. Na verdade, eu não prestava atenção em mais nada, a não ser no meu trabalho.
Eu tentei, juro que tentei ser uma pessoa normal depois daquela merda de fim, mas não consegui. Nada é como antes sem ela. Eu sentia falta do seu cheiro, da sua voz, dos seus olhos, das suas manias, do seu sorriso, dos seus beijos, dos seus carinhos, porra, eu sentia falta de tudo.
Três batidas rápidas na porta me tiraram de meus devaneios.
Justin : Entre! - gritei.
Era Scooter. Ele me olhou envergonhado.
Scooter : Justin... eu acho que lhe devo desculpas.
Justin : Deve? - Levantei uma sobrancelha.
Scooter : Devo... olha, tudo que eu falei é verdade, só me arrependo do modo como falei. Eu sei que está passando por uma fase difícil, mas garoto, eu acredito em você. Todos acreditam em você. Eu sei que você vai subir naquele palco e arrasar, eu sei que vai ser um dos melhores shows da sua vida, eu sei que as pessoas vão ficar impressionadas com cada detalhe do que preparamos. Você pode, cara, você é o Justin Bieber. Me desculpe por ter sido grosseiro com você, por favor.
Justin : Tudo bem, Scooter, eu entendo.
Scooter : Esse é o meu garoto! Te encontro lá fora em 40 minutos. Cody está se apresentando agora, Carly virá depois e então o astro vai brilhar.
Sorri fraco. Ele estendeu a mão para mim, e eu o puxei num abraço.
Justin : Obrigada por ter mudado a minha vida, cara - murmurei.
Scooter : Você merece isso e muito mais.
Justin : Obrigado.
Nós nos soltamos e ele andou até a porta, me olhando antes de sair.
Scooter : 40 minutos - disse, eu assenti. Ele se foi.
Me sentei numa poltrona, peguei meu iPhone e entrei no Twitter. Fingi que estava ansioso para o show, nada como frases bem colocadas para disfarçar minha dor. Dei rt em algumas Beliebers e, mesmo sabendo que era errado, fui tomado por uma vontade imensa de tweetar algo para Melanie. É claro que eu não ia tweetar algo como "@seutwitter estou com saudades, desculpe ter mentido para você, ainda te amo e sempre vejo seu rosto em minha mente. Sinto falta de nós dois" , eu não era louco. Tweetei um simples "I miss u", isso era o suficiente.Olhei as horas. Agora faltavam 30 minutos. Continuei dando rts nas minhas fãs e seguindo as que pude. Recebi replys do tipo "isso é para Melanie?" "sobre meu tweet, mas ignorei.
Agora faltava 5 minutos. Bebi um pouco de água e saí do camarim, não aguentava mais ficar sozinho.
Todos estavam lá, esperando por mim; Alfredo, Kenny, Scooter, Mama Jan, Ryan, Moshe, Usher, Dan, minha mãe, meu pai, meus avós, Jazzy, Jaxon e outros.
Ah, como eu queria que ela estivesse ali também.
Todos sorriram ao me ver. Abracei cada um deles, e agradeci o "boa sorte" e etc de todos. Nós fomos formando a pilha de mãos, e por fim, gritamos:
TODOS : Ducks, ducks, ducks, ducks, quack, quack, quack, ZOOOOOOOOOOM!
Minha mãe já chorava. Todos estavam emocionados. Abracei forte cada um deles de novo e parti rumo às asas que me esperavam.
Justin : EU AMO VOCÊS! - gritei.
Me ajustaram naquele troço de ferro enorme, cuidando de cada detalhe para a minha segurança.
Finalmente, eu entrei no palco.
Você narrando
O tempo passa. Mesmo quando isso parece impossível. Mesmo quando cada batida do ponteiro dos segundos dói como o sangue pulsando sob um hematoma. Passa de modo inconstante, com guinadas estranhas e calmarias arrastadas, mas passa. Até para mim. (peguei essa frase do livro Lua Nova)
Era domingo. Os domingos eram a ruína da minha existência; nunca havia dever de casa o suficiente para me manter ocupada.
Nesses últimos meses, me tornei uma aluna exemplar. Minhas notas eram perfeitas, afinal eu passava 99,9% do tempo da minha vida estudando, era a única coisa que ocupava minha mente. Quando se está em pedaços, precisa-se arrumar algo para se distrair da dor.
Eu tinha feito simplesmente todos os deveres de casa, e os analisei mais de 5 vezes. Depois, arrumei todos os livros e cadernos por ordem de cor. Acho que eu estava desenvolvendo TOC.
Agora não tinha nada para fazer.
Minha mãe sairia para trabalhar daqui a pouco, então provavelmente Phe e Niall apareceriam para cuidar de mim. Era ridículo; acho que eles se ofereceram para ser babá, e minha mãe aceitou a proposta. Ela era outra que achava que eu estava em depressão profunda, a ponto de me matar. Basicamente, ela estava certa, mas babás já era loucura. Eu me sentia um bebê.
Eu estava certa; minutos depois ela desceu as escadas. Se despediu de mim, e se foi.
Me abracei, tentando juntar os pedaços. Era horrível não ter nenhuma distração.
A campainha tocou.
Amy abriu a porta, e Phe entrou pela sala, sorrindo ao me ver. Depois, sentou-se no outro sofá enquanto eu revirava os olhos.
Phe : Nossa, que recepção alegre.
Eu : Não preciso de babás.
Phe arregalou os olhos, numa inocência fingida.
Phe : E quem disse que estamos sendo suas babás?
Eu : E não estão? - Arqueei uma sobrancelha.
Phe : Não.
Fiquei muda. Não gostava de conversar.
Phe : Vamos ao cinema hoje - anunciou ele.
Eu : Eu não vou. - Balancei a cabeça.
Phe : Vamos sim, tem um filme em cartaz que eu acho que você vai gostar... É romance...
Eu : Não - protestei.
Phe : Por que?
Eu : Não quero ver filmes românticos.
Phe : Quer ver o que então? Luta? Terror?
Eu : Nenhum..
Phe : Comédia?
Eu : Não.
Phe : Por que adquiriu tanto pavor de filmes românticos?
Não respondi. Meus motivos eram estranhos, ninguém entenderia.
Ele suspirou.
Phe : Sinto falta da velha Seu nome.
Eu : Eu ainda sou a mesma.
Phe : Não é.
Revirei os olhos.
Phe : Bom, deixa pra lá - continuou ele quando eu não respondi. - Ei, será que dá para você me emprestar aquele cd que eu gosto? Esqueci o nome...
Eu : Eu quebrei.
Phe : QUE?
Eu : Eu quebrei. Quebrei todos os meus cds.
Ele me olhou, atordoado.
Phe : Por quê?
Eu : Por nada.
Ele suspirou de novo, claramente frustrado.
Phe : Até quando você vai esperar? - perguntou ele.
Eu : Esperar o quê?
Phe : O Bieber.
Fechei a cara, disfarçando a dor que me tomou ao ouvir aquele nome, ou melhor, sobrenome.
Eu : Não estou esperando ninguém.
Phe : Então já está na hora de despertar para o mundo.
Eu : Eu estou desperta.
Phe : Quem você está querendo enganar? Eu, ou a si mesma? Você precisa viver.
Eu : Eu estou vivendo.
Phe : Não está, não. Você não fala com quase ninguém, aliás nem sei como está me respondendo agora porque você nunca faz isso, você não come direito, você não ri, não escuta música, não assiste filmes...
Eu : Eu pensei que viver era respirar e não fazer tudo isso aí que você disse - retruquei.
Phe : Só respirar é existir, viver é aproveitar a vida o máximo possível.
Eu : Eu estou aproveitando.
Phe : Bah! Eu desisto, você é muito teimosa.
Fiquei em silêncio. Ele tinha razão, mas eu nunca admitiria isso.
Niall : O que está acontecendo? - perguntou Niall, aparecendo do nada.
Phe : Estou tentando convencer a Seu Nome à viver.
Niall : Mas ela está vivendo... - Niall veio se sentar ao meu lado. Eu me afastei e ele pareceu se decepcionar com isso.
Phe : Não, ela está existindo. Era isso que eu explicava.
Niall : Bom, acho que concordo. - Niall assentiu.
Me mantive muda.
Niall : O Phe te falou que vamos ao cinema hoje? - perguntou Niall. Eu assenti.
Phe : Vai ser divertido - estimulou Phe.
Revirei os olhos. Não estava com humor para conversar. Eu só queria me trancar no quarto e não sair nunca mais.
Niall : Você já comeu hoje? - perguntou Niall.
Eu : Sim - menti.
Phe : Ela está mentindo - disse Phe.
Niall : Eu sei. - Niall balançou a cabeça.
Niall : Já volto.
Ele se levantou e nos deu as costas. Enquanto isso, o silêncio imperou na sala.
Phe : Seu Nome... - começou Phe. Eu o olhei.
Eu : Oi?
Phe : Até quando vai ser assim?
Eu : Assim como?
Phe : Você não engana ninguém, tá? Você não tem luz nos olhos, sua voz é sem vida, você não sai de casa mais, você não tem cor...
Eu : Sempre fui branca demais.
Phe : Não é disso que eu estou falando. - Ele se irritou. Já se olhou no espelho depois que ele foi embora?
Eu : Chega desse assunto, não quero falar disso.
Ele suspirou.
Phe : Estou preocupado com você.
Eu : Eu estou ótima, não precisa se preocupar.
Phe : Eu quero matar ele. O que ele fez com você?
Eu : Eu já disse que chega desse assunto.
Me abracei novamente, tentando juntar meus pedaços. Era por isso que eu não gostava de falar disso; o buraco no meu peito latejava mais ainda.
Niall : É, chega - disse Niall, chegando com uma bandeja na mão. Ele se sentou novamente ao meu lado e virou-se para mim.
Niall : Amy disse que é o seu preferido.
Eu : Não estou com fome.
Niall : Está, sim. Coma.
Balancei a cabeça.
Phe : Você diz que não é uma criança, mas se comporta como uma. Coma logo - acrescentou Phe.
Revirei os olhos, mas peguei a bandeja da mão de Niall. Era espaguete, costumava ser minha comida preferida antigamente.
Garfei o espaguete e coloquei na boca, mastigando rapidamente.
Eu : Pronto. - Empurrei a bandeja.
Phe : É para comer tudo - disse Phe.
Balancei a cabeça, negando.
Niall : Não queria ter que fazer isso, mas... - Niall tirou a bandeja do meu colo, espetou o espaguete e direcionou o garfo para mim. - Vamos, abra a boca.
Eu : Quanto anos você acha que eu tenho? Seis?
Phe : Cinco - corrigiu Phe.
Niall : Parem com isso, e Seu Nome, abra a boca.
Obedeci, me sentindo uma garotinha de cinco anos, como Phe disse.
Niall : Olha o aviãozinho - brincou Niall, enquanto colocava o garfo na minha boca. Mastiguei rapidamente e ri quando terminei.
Eu : Isso é ridículo - falei, ainda rindo.
O som fez com que meus olhos se arregalassem de surpresa. Phe e Niall me encararam, suas bocas se abrindo lentamente.
Espera, eu estava rindo? Rindo de verdade? Eu pensava que nem me lembrava de como fazer isso.
Senti-me tão leve que ri de novo, só para que a sensação durasse mais. Era a primeira vez que eu ria em meses. Foi estranho.
O choque no rosto dos dois foi substituído por sorrisos. Niall tinha um sorriso tão largo que parecia que ia machucar as bochechas.
Niall : Faz de novo? - perguntou Niall.
Eu : O quê?
Niall : Sorria.
Eu sorri, não por vontade própria, só porque ele havia pedido.
Niall : Isso é lindo. - Encantou-se ele.
[...]
Phe : Sério que você vai querer filme de luta? Esse é para maiores de 18 - perguntou Phe.
eu : Sim, tenho - afirmei. - E é por isso que você vai comprar os ingressos.
Phe : Bleh, tudo bem. Estou indo - disse ele e desapareceu.
Eu fiquei do lado de fora com o Niall.
Tremi levemente; estava frio e minha blusa fina, embora de mangas compridas, não era o suficiente para me aquecer. Niall percebeu e me olhou.
Niall : Está com frio? - perguntou ele.
Eu assenti.
Niall : Quer minha blusa?
Eu : Não, obrigada, aí quem vai ficar com frio é você.
Niall : Não tem problema - disse ele, já tirando a blusa. Eu balancei a cabeça e peguei sua mão, o contendo. Ele sorriu ao sentir minha pele tocar a dele.
Niall : Que tal um abraço, então? - sugeriu, me puxando. Eu tentei e afastar, mas ele manteve os braços firmes à minha volta.
Eu : Niall... - comecei a protestar.
Niall : Que foi, não posso te abraçar mais?
Eu : Pode, mas é que...
Niall : Mas é que?
Eu : Nada, deixa para lá.
Ele colocou o dedo no meu queixo, levantando meu rosto para ver melhor.
Niall : Seu nome...
Eu : Oi?
Niall : Sabe... eu ainda amo você.
Suspirei. Não gostava nenhum pouco desse assunto.
Niall : Nós podíamos tentar... eu seria tudo que ele não foi para você - continuou Niall.
Eu : Não quero que alguém seja algo para mim, porque eu não quero ninguém agora.
Niall : Tem certeza? Porque seus olhos ainda brilham quando você me olha.
Eu : Você viaja.
Niall : Sim, eu viajo em você.
Me soltei de seu abraço, irritada. Odiava isso. Será que ele não via que eu estava sofrendo?
Eu : Para - protestei.
Ele não respondeu; ao invés disso, me puxou pela cintura. O olhei, atordoada, enquanto o via se aproximar cada vez mais de mim.
Em seguida, ele colocou a mão na minha nuca e... seus lábios estavam nos meus.
------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Hey , mesninas esse está enorme , então por favor vamos deixar seus comentários aqui e baixo ?! Espero que estejam gostando e que comentem por favor isso é muito importante pra mim poder continuar a ter criatividades ' enormes ' eu escrevendo esse capítulo chorei! Eu sempre choro quando escrevo essas partes tristes mais enfim ... Comentem e dizem qual parte vocês gostaram qual parte vocês riram ( se é que nesse capítulo da pra rir ) então COMENTEM ;-)
SWAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAG !
Se tu escrever um livro juro que compro!! De boa, ta muito bom isso! Bom mesmo!
ResponderExcluirKKKKKKKK' , Brigada linda (:
Excluir