terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Be Alright - Capítulo 40


E seus lábios estavam nos meus.
Foi um beijo apaixonado, cheio de saudade, cheio de amor. Meus dedos percorreram seu cabelo, uma de suas mãos estavam na minha nuca e a outra na cintura. 
Eu estava com sede dele. Vontade. Eu precisava sentir o calor de seu corpo no meu. Não era uma vontade, era uma necessidade. 
E nada mais importava. Não importava se ele tinha me deixado por meses, não importava se ele tinha me feito sofrer, não importava se ele mentiu, não importava se ele havia errado... O que importava era que ele estava ali.
Isso era o suficiente.
Infelizmente nos faltou fôlego, e nossos lábios se separaram. Eu o olhei enquanto ele sorria com o canto dos lábios.
Eu o puxei em outro beijo.
Esse foi mais quente. Enquanto isso eu o empurrei delicadamente para a cama, ciente do que queria fazer.
Eu precisava dele dentro de mim. Agora.
Desabotoei sua calça enquanto ele tirava minha blusa. Depois disso ele tirou a minha calça, a jogando em qualquer canto daquele quarto. Tirou sua blusa e jogou os tênis por ali. Eu sorri.
Nós nos beijávamos loucamente. A necessidade que eu sentia dele me fazia ter vontade de ficar ali para sempre. 
Ele arrancou meu sutiã e apertei seu membro, tirando sua cueca logo em seguida. Ele tinha uma camisinha na mão e a colocou, e depois me beijou de novo. Tirou minha calcinha e começou a fazer movimentos circulares com os dedos na minha intimidade. Eu gemi de prazer, e então ele parou de me beijar e colocou os lábios no meu pescoço e o chupou. Eu arranhei suas costas e ele desceu mais ainda os lábios, o colocando em um de meus seios e o chupou também. Foi aí que eu senti seu membro roçar na minha intimidade. Ele chupou meu pescoço de novo enquanto apertava meus seios, me fazendo pirar totalmente.
Eu : Me fode, caralho! - implorei, impaciente. Ele sorriu malicioso enquanto começava a penetrar e cavalgar em mim.
Eu gemia e me contorcia de prazer enquanto seus movimentos dentro de mim começavam a ficar mais rápido. Tinha até me esquecido de como aquilo era bom. Nós sussurrávamos coisas insanas um no ouvido do outro.
Ele sorriu para mim, me deixando total e completamente fascinada. Ele tinha o sorriso mais lindo do mundo.
Nós chegamos ao orgasmo.
Sei lá quanto tempo ficamos ali, matando insanamente a saudade. Só sei que, no fim, nós tínhamos chegado ao orgasmo 3 vezes. Ele era demais, ele me deixava louca.
Justin : Não esperava por isso - murmurou ele enquanto eu estava deitada em seu peito. Ele mexia no meu cabelo distraidamente. De vez em quando beijava minha testa, meus lábios, meus pulsos... E a cada toque eu sentia meu coração disparar.
Eu : Nem eu - confessei. - Vai embora amanhã? 
Justin : Não, só domingo que vem. Tenho uma semana de folga.
Eu : Ah.
Justin : Mas eu vou voltar.
Eu : Quando?
Justin : Sempre que puder. Uma vez na semana, talvez.
Eu : Hmmm.
Justin : Estou me perguntando como vou sair daqui amanhã. - Ele arqueou uma sobrancelha.
Eu : Minha mãe acorda tarde, você pode sair escondido de manhã. Bom... eu não acho que seja uma boa ideia ela te ver, sabe. - Fiz uma careta.
Justin : É, eu sei, ela me odeia. Com razão.
Eu : Era pra eu te odiar, também.
Justin : Eu sei...
Eu : Mas eu não consigo. - Suspirei.
Justin : E eu não consigo parar de amar você.
Eu : Não fala isso.
Justin : Por quê?
Eu : Porque quando você for embora o buraco no meu peito já vai ser ruim o suficiente, não preciso de palavras para incrementar a dor.
Ele me olhou, parecendo culpado.
Meus olhos estavam pesados, e eu estava muito cansada. Mas eu não queria dormir. Me recusava à desperdiçar qualquer tempo ao lado dele dormindo.
Justin : Durma, amor. Você está com sono.
Eu : Não.
Justin : Se quiser, eu canto baixinho para você dormir. Uma música que eu fiz para você.
Eu : Você fez uma música para mim?
Justin : Bom, acho que vou trazer os meus últimos cds para você. Quase todas as músicas são para você.
Eu : Nossa - disse, surpresa.
Justin : Quer que eu cante?
Eu provavelmente diria que não, mas estava mesmo precisando dormir, e a voz dele me acalmava.
Eu : Sim - respondi.
Ele beijou minha testa e aproximou os lábios de meu ouvido: 
Justin : Lately I've been thinking, thinking about what we had... - ele começou - And I know it was hard, it was all that we knew, yeah. Have you been drinking, to take all the pain away? I wish that I could give you what you deserve, cause nothing can ever, ever replace you. Nothing can make me feel like you do, yeah. You know there's no one I can relate to, I know we won't find a love that's so true...


Minha mãe : SEU NOME COMPLETO - Eu ouvi minha mãe gritar.
Ela abriu a porta num rompante, sem se preocupar em bater, e me fuzilou com os olhos.
Minha mãe : Eu sei que ele dormiu aqui!
Gelei.
Decidi me fazer de burra.
Eu : Ele quem? - perguntei numa inocência fingida.
Minha mãe : O papai noel, Seu nome, o papai noel.
Eu : Mãe, o Natal já passou faz tempo.
Minha mãe : Está tentando ser engraçadinha? Eu sei que o Bieber veio aqui. Ele devia ser mais discreto em subir escondido no quarto dos outros, afinal acho que se esqueceu que tem sempre um paparazzi atrás dele.
Eu : Não sei do que está falando.
Minha mãe : Ah, você sabe, você sabe sim. E sabe inclusive que eu jamais vou aceitar esse relacionamento.
Fiquei em silêncio.
Minha mãe : Você não pensou no Niall? Você traiu ele, é isso?
Eu : Claro que não!
Minha mãe : Ah claro, vai tentar me convencer de que vocês ficarem a noite toda brincando de casinha? OLHA O SEU PESCOÇO!
Balancei a cabeça, desfazendo o coque e deixando que meu cabelo caísse sobre meus ombros.
Eu : Mãe...
Minha mãe : Não tem essa de "mãe". Isso não está certo. Você sabia que eu pensava que ia te perder? Eu pensei que você ia morrer de depressão, Melanie. Você ficou semanas sem comer, você não falava com ninguém, não saia de casa... Até começar a ficar com o Niall. Ele sim é o genro que eu pedi à Deus. E agora aquele vagabundo volta e você vai correndo para os braços dele como se nada tivesse acontecido?
Fiquei em silêncio de novo. Ela estava certa, mas não sabia o que tinha acontecido. E eu com certeza não ia tentar explicar. 
Minha mãe : Eu não vou permitir, está bem? Você está proibida de ver ele.
Eu : QUÊ?
Minha mãe : É isso mesmo.
Eu : Você não pode fazer isso!
Minha mãe : Ah, eu posso, posso sim. Você só tem 17 anos e eu mando em você.
Eu : Você não entende!
Minha mãe : Ah é? Então me explica.
Mordi o lábio.
Eu : Não posso.
Minha mãe : Eu sabia. Você está proibida de vê-lo.
Eu : Não posso mais sair de casa? - perguntei, irritada.
Minha mãe : É claro que pode! Com um segurança do lado.
Eu : Você tá brincando comigo, né?
Minha mãe : Não.
Eu : Isso é absurdo!
Minha mãe : É isso e ponto final.
Eu : Mãe... por favor...
Minha mãe : Eu estou fazendo isso para o seu bem, ok?
Eu : Você não sabe o que está fazendo. - Fiz uma careta.
Minha mãe : Sei sim. Agora preciso ir resolver umas coisas... - Ela se inclinou e beijou minha bochecha. Depois, tirou o meu cabelo do pescoço e olhou, fazendo uma careta. - Caramba, tudo isso?
Eu : Mãe!
Minha mãe : Tá, tchau, te amo.
Eu : Tchau.
Ela se virou e desapareceu da minha linha de visão.
Ai, que ótimo. Eu teria que escapulir de casa agora.
Resmungando comigo mesma, prendi o cabelo de novo e peguei meu macbook e me sentei em minha poltrona. 
Entrei no twitter. Tudo estava uma loucura, como sempre. Meus número de seguidores ainda crescia excepcionalmente e isso me assustava.
Li alguns tweets da timeline.

"Junta seu nome com o do Justin is back, bitches!"

"Junta seu nome com o do Justin levou o fandom à loucura"

"Justin estava muito melhor sem aquela vaca da Seu nome"

"Junta seu nome com o do Justin é vida"


"Sou hater da Seu nome e tenho orgulho disso"

"Não gosto de JJunta seu nome com o do Justin, mas admito que eles são fofos"

"Vocês viram o que o Justin postou? ELE ESTÁ FELIZ, RESPEITEM!"

"Que tipo de cara sobe no quarto de uma garota pela varanda? Ah, o Justin"

"Rindo de vocês que estão fazendo drama porque o Justin dormiu na casa da Seu nome, até parece que eles nunca tinham transado"

Minha boca se abriu lentamente ao ler isso.

"Justin e Seu nome se completam, eles são o casal perfeito"

"Quando o Justin ficou mal porque terminou com a Seu nome vocês queriam Junta seu nome com o do Justin de volta, agora que eles voltaram estão criticando, vai entender"

"A Seu nome é linda, mas para mim ela não passa de uma patricinha mimada"

"Nunca vi Justin namorando alguém sem ser morena , estranho"

"A Seu nome é muito sem-sal, não gosto dela"

"@Fulano ela não é comida para ter sal"


Eu ri disso. As pessoas me defendiam sem nem me conhecer! Mas era uma sensação boa. Muito boa. Até porque eu gostava da maioria das fãs dele e não queria que elas me odiassem.
Decidi dar uma olhada no twitter do Justin, eu não fazia isso há séculos. Seu último tweet tinha sido:


"It's okay now"

tradução: "Está tudo bem agora"

Havia sido postado há 25 minutos. Eu sorri. Será que era para mim?
Bleh, eu já estava sonhando demais.
Dei uma stalkeada básica e depois olhei seu instagram. Não entendi a lógica de suas fotos. Ele só tirava fotos no escuro, era isso?
Retardado. Muito retardado.
Reparei que também tinha fotos de suas novas tatuagens. Eram muitas. Tatuagens que eu não tinha quase reparado pois estava fascinada demais com seu rosto. 
Um índio nas costas, as mãos de Jesus na perna, números romanos na clavícula... E ele estava com um estilo diferente, meio rapper. Olhei suas fotos com um tal de Lil Twist.
Fechei a cara. Não gostei disso, não o queria perto desse tipo de influência.
Meu iPhone vibrou e eu praticamente corri para o ver o que era.
Era uma mensagem do Justin, e dizia:
"Amor, desculpe por ter saído sem falar com você, é que você estava tão linda dormindo e eu não tive coragem de te acordar. Se der, venha para a minha casa, está frio aqui sem você. Eu te amo."
Sorri ao ler aquilo, mas antes que eu pudesse responder percebi uma sombra na porta. Olhei, assustada, mas era o Niall.
Eu : Oi - falei, timidamente.
Niall : Você acha que eu não assisto tevê?
Eu : Hã?
Niall : Eu sei de tudo. Eu sei que ele veio aqui ontem à noite, sei que ele dormiu aqui também. Eu sei que você me traiu.
Senti um nó na minha gargante. Eu não podia contestar aquilo. 
Niall : Solta esse cabelo, eu não estou aguentando ver essas marcas no seu pescoço. Sabe por quê? Porque não fui eu que as fiz.
Rapidamente desfiz o coque de novo, culpada.
- Sabe, eu queria ter tirado uma foto do seu estado quando aquele vagabundo foi embora. Você estava péssima. E eu? Ah, eu sou um idiota que foi tentar ajudar, eu sou um idiota que pensei que podia fazer você se sentir melhor. E eu consegui. Eu pensei que você estivesse realmente começando à gostar de mim, mas parece que eu errei, não é? Errei, claro. Você nunca teve um pingo de consideração por mim. Porra, custava ter pelo menos terminado comigo? Se é que tinha algo para terminar, até porque eu acho que nunca houve nada para você. Tudo bem, pode voltar correndo para ele. Vai, e daí se isso vai doer em mim? E daí se eu vou sofrer? E daí se é seu rosto que eu vejo quando fecho os olhos? E daí se você é a única pessoa no mundo com quem eu quero ficar para sempre? E daí se só você consegue me deixar louco? E daí se eu te amo? E daí se eu nunca vou deixar de amar? E daí? Você não se importa mesmo. Nunca se importou.
Lágrimas começaram a encher meus olhos. Porra, o que eu tinha feito? A dor dele causava pontadas na minha própria dor. E ele estava certo.
Eu fiz tudo errado. Eu era detestável.
Eu : PARA! - falei, pulando da cama e ficando frente a frente com ele. - Não fala isso, por favor, Niall, escuta, eu sou muito estúpida, eu sei disso, mas olha, eu te amo, tá bom? Eu te amo pra caralho, e queria agradecer por tudo que você fez por mim. Obrigado por ter cuidado de mim. Você acreditou em mim quando nem eu acreditava mais. Mas... eu amo ele. Mais do que você pode imaginar. Mais do que qualquer ser humano na face da Terra pode imaginar. E eu disse isso para você, eu disse que sempre seria ele. Me desculpa, por tudo, por favor. 
Niall : Você me ama?
Eu : Sim, muito.
Ele me olhou, uma espécie de emoção estampada nos olhos.
Então eu fiz a coisa mais errada que eu podia fazer.
Eu o beijei.
Mas... e daí? Nada podia ficar pior do que já estava.

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Continuaaaaaaaaaa .............




segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Be Alright - Capítulo 39


                                         5 meses se passam. Justin narrando.

Scooter : O QUE? VOCÊ NÃO PODE VOLTAR PARA O CANADÁ, JUSTIN, VOCÊ ENLOUQUECEU? - Scooter gritava.
Justin : Eu vou, Scooter, está decidido.
Scooter : ME DIGA QUE SÓ VAI PASSAR SUA SEMANA DE FOLGA LÁ!
Justin : Talvez.
Scooter : Você enlouqueceu, garoto! Você tem uma semana de folga, mas depois disso não se esqueça que tem shows.
Justin : Mas eu quero ir.
Scooter : Você tem que voltar no próximo domingo, ouviu Justin? Domingo!
Justin : Tudo bem, tudo bem.
Scooter : Por que vai voltar lá?
Justin : Estou com saudades.
Scooter : Do Canadá ou de uma pessoa? - Ele estava desconfiado.
Justin : Dos dois.
Scooter : Sei.
Justin : Estou indo, ok? O Kenny vai comigo.
Scooter : Você é maluco.
Justin : Já entendi essa parte, tchau Scooter.
Scooter : Domingo - ele alertou.
Justin : Tá.
Me despedi de todos e entrei no carro. Depois, eu e Kenny pegamos o jatinho que nos esperava na plataforma.
Kenny : Por que está voltando? - perguntou-me ele.
Justin : Saudades.
Kenny : Ah.
Eu gostava de Kenny por isso, ele não me enchia com um monte de perguntas desnecessárias. A viagem foi silenciosa, enquanto eu pensava como ela reagiria quando me visse. E como eu me sentiria quando a visse.
Eu estava nervoso, definitivamente.
Será que ela me escutaria?

                                               Você narrando


Eu : Eu detesto aquela professora! Por que eu tenho que fazer um trabalho desses? - murmurei para mim mesma enquanto Niall ria da minha reação.
Niall : Não se estressa, amor.
Eu : Como não me estressar? Eu vou passar anos fazendo isso! É absurdo!
Niall : Como você é exagerada.
Eu : Bleh, não estou com cabeça para fazer isso agora.
Niall : Então vem cá - disse ele, abrindo os braços para mim. Eu me sentei em seu colo, me aninhando ao seu peito. Ele beijou minha testa.
Quase nada tinha mudado.
Eu gostava de Niall. O buraco continuava em meu peito, só estava um pouco menor.
E era só.
Mas eu ainda pensava nele. Ele ainda estava nos meus sonhos. Eu ainda chorava por ele. Eu ainda ansiava por ele.
Eu ainda o amava.
Andara refletindo sobre tudo isso, e cheguei à conclusão de que nunca me livraria dessa dor. Mesmo que tentasse incansavelmente, jamais conseguiria.
Niall me beijou, e eu correspondi.
Mas esse beijo foi diferente.
Era quente, muito quente. Aos poucos fomos nos deitando na cama, e Niall sorria enquanto isso.
Alguém bateu na porta.
Niall : Merda - ele resmungou.
Eu ri e levantei, secretamente aliviada.
Abri a porta e era Amy. Ela pareceu envergonhada, e havia algo de frenético em seus olhos.
Amy : Hã, a senhorita tem visita.
Eu : Amy, me chame de você, eu já disse isso. Quem é?
Ela fez uma careta.
Amy : Acho melhor conferir com seus próprios olhos.
A encarei, confusa por ela não querer dizer quem era.
Eu : Já volto - falei para Niall. Ele assentiu.
Andei pelo corredor, ansiosa de repente.
Assim que cheguei ao topo da escada quase caí ali mesmo.
Era o Justin.
Eu encarei aquele rosto tão familiar e ao mesmo tempo tão distante. Minha cabeça girou.
Fechei os olhos por alguns segundos, desejando acordar quando os abrisse. Estava sonhando, claro.
Mas quando eu abri os olhos ele ainda estava ali.
Pisquei algumas vezes. Droga, por que eu não conseguia acordar? Ou será que eu estava tendo alucinações?
Ele sorriu, um sorriso tão lindo, o mais lindo do mundo. Eu fiquei olhando que nem uma idiota. Não me lembrava de que meus sonhos serem eram tão reais assim.
Justin : Eu voltei porque é impossível viver sem você - disse ele.
Ok, eu estava oficialmente louca. Belisquei meu braço, tentando acordar.
Eu : Ai! - exclamei, surpresa ao perceber que tinha doído.
Desci as escadas lentamente e encarei aquele anjo diante de mim. Parecia tão real...
Meu estômago revirou diante da possibilidade de ser real.
Impossível viver sem mim? Por que ele estava falando isso? Ele não gostava de mim, nunca gostou.
Mas todas as perguntas foram bloqueadas quando eu percebi que ele estava realmente ali, a centímetros de mim.
Eu senti meu sangue pulsar mais rápido nas veias, senti meu coração bater forte.
Espera, meu coração? Eu pensava que ele nem existia mais.
Eu : J-justin? - gaguejei, atônita.
Tudo que eu mais queria era chegar perto dele, sentir seu cheiro, sentir seus braços me envolvendo. Mas eu não podia.
Porque ele não me amava. Porque ele me enganou. Porque ele mentiu para mim. Porque ele me fez sofrer.
Me senti partida ao meio ao pensar nisso, porque cara, nas vezes que eu olhei para o céu e pedi à Deus que ele voltasse, não pensei no que isso significaria.
Mas a pergunta crucial era: o que ele estava fazendo ali?
Senti o chão debaixo de mim desaparecer.
Justin : Sim, sou eu. E eu preciso te explicar uma coisa...
Eu : VÁ EMBORA! - gritei. - Você não tem nada para me explicar!
Justin : Amor, me escuta...
Eu : NÃO ME CHAMA DE AMOR, CARALHO! SOME DA MINHA FRENTE!
Niall : O QUE DIABOS VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI? - gritou uma vez atrás de mim. Era Niall. Eu estava entorpecida demais para olhar. - VOCÊ NÃO A OUVIU? SOME!
Justin : Ah, Niall. - Justin suspirou. - Acho que eu preciso te agradecer por...
Niall : NÃO ME AGRADEÇA! ALIÁS, AGRADEÇA SIM.. POR MINHA MÃO NÃO ESTAR NA SUA CARA! AINDA! SUMA!
Eu : VÁ EMBORA! - gritei novamente. Ainda assim, não conseguia parar de pensar que ele estava ali.
E por que estava? O que ele teria para me dizer? Mais mentias?
Justin : Eu vou voltar - prometeu e nos virou as costas. Em questão de segundos estava fora da nossa linha de visão.
Eu estava tremendo. Tremendo muito.
Então eu olhei para Niall e ele abriu os braços. Eu enterrei a cabeça em seu peitoral, chorando.
Depois de um tempo, ele se sentou no sofá e me levou junto. Eu continuei chorando.
Por que ele estava ali? Por que ele queria me magoar mais ainda? O que tinha feito não era suficiente?
Me perguntei o que tinha feito para merecer isso. Não me considerava uma pessoa ruim. Então, por que uma dor tão grande? Era demais para qualquer um.
Justin estragara minha vida. Mas tinha sido a melhor parte dela, também. E era isso que me deixava tão confusa.
Ele me chamou de amor...
Minha mãe : O que aconteceu? - perguntou a voz de minha mãe.
Niall : Ele voltou - Niall respondeu.
Sua mãe : Ele quem? - A voz dela estava aflita.
Niall : O Bieber.
Sua mãe : QUÊ? E ELE VEIO AQUI?
Um ataque histérico típico de minha mãe agora não, por favor, pensei melancolicamente.
Eu : Sim.
Ela correu para o sofá e se sentou ao lado de nós. Niall se remexeu.
Niall : Amor, eu vou embora, está bem?
Neguei com a cabeça, me agarrando nele.
Niall : Eu volto depois, prometo.
Eu : Promete?
Olhei seu rosto. Estava contorcido de aflição.
Niall : Sim, eu prometo. - Ele beijou a minha testa.
Eu : Tá - murmurei, saindo de perto dele.
Niall : Vai ficar tudo bem, tá? Eu não vou deixar ele se aproximar de você.
Balancei a cabeça. Ele me deu um selinho e se levantou.
Minha mãe o acompanhou até a porta.
Minha mãe : Obrigado por cuidar dela - eu ouvi ela agradecer. - Você tem sido tão bom para ela, Niall, eu nem sei o que faríamos se você e seu irmão não estivessem aqui. Obrigado de verdade.
Niall : De nada. Eu a amo, não quero ele perto dela.
Minha mãe : Nem eu. Eu vou dar ordem à todos os empregados para que não deixem ele entrar aqui. Mais uma vez, obrigado.
Niall : Não há de quê.
Me abracei, tentando reprimir aquela porra de dor infinita. Segundos depois, ouvi minha mãe se sentar ao meu lado.
Minha mãe : Quer conversar sobre isso? - perguntou-me.
Neguei com a cabeça. Ela suspirou.
Minha mãe : Você estava tão bem...
Engano seu, respondi mentalmente.
Minha mãe : Você sabe que não vai poder voltar com ele, não é? Quer dizer, eu nunca aprovaria.
Como se ele quisesse voltar comigo, pensei.
Balancei a cabeça, negando. Me sentia uma criança birrenta de 5 anos.
Minha mãe : Tudo bem, mas se quiser conversar estou aqui.
Assenti e me levantei, subindo para o meu quarto. Ao chegar lá, me joguei na cama, chorando.
E ainda assim uma parte de mim não conseguia parar de pensar que ele estava ali, que eu tinha ficado frente a frente com ele de novo.
Eu vou voltar, prometera.
Bom, ele podia tentar, mas não conseguiria. Haviam muitos seguranças lá fora, e eu tenho certeza que minha mãe daria ordens para não deixar ele entrar. Ela o Mas ele conseguiu plantar a semente da dúvida na minha mente. O que teria para explicar?
Não, eu estava ficando louca. Eu não podia voltar à vê-lo.
E isso doía tanto.
E Niall... ah, Niall.
O que será que ele estava pensando disso tudo? Porra, eu fui muito idiota em dar uma chance à ele sendo que ainda amava Justin. Eu era total e completamente estúpida.
Eu não sabia o que sentia por Niall. Sei lá se era amor, mas eu gostava dele. Muito. Eu o queria perto de mim. Eu gostava do gosto do seu beijo. Eu gostava do seu cheiro. Eu gostava de modo como ele cuidava de mim. Eu gostava de sentir seus braços me envolvendo...
O que seria isso?
De qualquer forma, magoá-lo era a coisa mais errada que eu podia fazer.
Mas eu não iria magoá-lo, não é? Até porque Justin não conseguiria chegar até mim, e eu não iria atrás dele, e ele desistiria de tentar me explicar o que tinha para explicar...
Ok, eu estava mentindo para mim mesma.
Eu queria saber. Eu queria muito saber. Eu precisava saber.
Seriam só mais mentiras, mas eu precisava ouvir. Não iria acreditar em nada do que ele dissesse, mas precisava.
E por que ele me chamou de amor? Como podia ser tão cínico?
Mas seu sorriso... Era tão sincero...
Porra, eu só podia estar pirando. Nada que vinha dele podia ser sincero.
Olhei relógio: eram 21:30. Cedo. Tomei um banho e voltei para a cama. Me abracei, como sempre fazia, e fiquei pensando... Era tão estranho...
Meu coração parou quando eu percebi uma sombra atrás da cortina. Havia alguém na varanda. E eu podia ver que era um homem.
Observei a forma se mexer, e depois me levantei, andando cuidadosamente até a cortina. A abri num rompante e quase caí para trás ao ver a pessoa mais linda do mundo na minha frente.

Eu : Oh! - arfei, completamente surpresa. Senti o chão desaparecer debaixo de mim.
Justin : Desculpe... - disse sua voz rouca e completamente sexy.
Eu : O que você está fazendo aqui? E como conseguiu chegar aqui? - perguntei, tonta. Andei até a cama e me sentei.
Justin : Eu não queria assustar você...
Eu : Tarde demais. E você não respondeu a minha pergunta. A minha mãe deu ordens para você não entrar aqui.
Justin : Ela fez isso?
Eu : Claro, agora me responda.
Justin : Você tem seguranças muito legais... De qualquer forma, eu só precisei de um pouco de lábia. Afinal, eu sou o Justin Bieber.
Eu : Foda-se, pra mim você continua sendo um mentiroso. Fora da minha casa já! - blefei. A coisa que eu mais queria naquele momento era me colar nele e nunca mais soltar.
Ele suspirou.
Justin : Seu nome, você precisa me ouvir...
Eu : Não, eu não preciso.
Justin : Eu preciso me explicar, por favor.
Eu : Você não tem nada para me explicar - rosnei.
Justin : Acredite, eu tenho. Mais do que você imagina.
Arqueei uma sobrancelha, tentando combater a explosão de sentimentos que acontecia dentro de mim.
Eu : Eu não quero ouvir nada.
Justin : Eu menti!
Eu : Nossa sério? Juro que nem tinha percebido, obrigado por avisar.
Justin : Não estou falando disso, eu menti quando disse aquelas coisas para você... porque eu te amo, eu sempre amei!
Essas palavras me fizeram parar. Ele sorriu ao ver minha hesitação. Um arrepio percorreu meu corpo ao ouvir aquilo, e odiei isso.
Eu : Quê? - perguntei, a voz fraca.
Justin : Eu fiz aquilo porque tinha que sair em turnê de qualquer forma, e não ia tentar manter um relacionamento à distância, porque eu sabia que você ia sofrer. Foi aí que me veio a ideia de terminar tudo, foi muito estúpido. Mas eu pensei, "como ela vai ser feliz sabendo que eu amo ela?", então eu decidi mentir, foi a coisa mais idiota que eu já fiz. Você tem todo o direito de não me querer de volta, mas saiba que eu não parei de pensar em você em nenhuma momento a partir do minuto que você foi embora pela porta da minha casa.
Estaquei, chocada. Eu tinha certeza que meu sangue tinha congelado.
Processei tudo que ele havia dito, tentando encontrar significado nas palavras. Não fazia sentido.
Eu : Quê? - repeti.
Ele suspirou, claramente aliviado.
Justin : É isso. Eu... amo você. E se você quiser eu posso me ajoelhar aos seus pés e pedir perdão.
Senti algo revirar no meu estômago.
Eu : Não faz sentido - murmurei.
Justin : Eu sei que não.
Eu : Você me fez sofrer - sibilei.
Justin : Eu sei, e se eu pudesse voltaria no tempo e faria tudo diferente. Eu fui muito estúpido. Mas eu fiz tudo pensando em você, eu queria que você fosse feliz.
Eu : Acho que você precisa rever seus conceitos sobre felicidade. - Fiz uma careta. Que idiotice! Como se houvesse alguma possibilidade de eu ser feliz sem ele.
Justin : Já posso me ajoelhar?
Eu : Não seja ridículo. Nada vai reverter o que você me fez!
Justin : Eu sei. Eu sinto muito. Mais do que você imagina. Mas eu não consigo viver sem você. E se quiser eu vou embora e te deixo em paz.
Mordi o lábio inferior. Eu não queria que ele fosse.
Eu : Não vá.
Ele sorriu
Ele sorriu e deu um passo até mim, hesitante, e se sentou ao meu lado.
Justin : Então, você e o Niall... estão juntos?
Eu : Não sei - respondi, sincera.
Justin : Hã?
Eu : Nós não estamos namorando... mas...
Justin : Acho que entendo.
Eu : E você? Quer dizer, tem alguém?
Justin : Não.
Eu : Ah - murmurei, virando o rosto para esconder meu alívio.
Ficamos em silêncio. Mordi os lábios, era uma mania. Justin ficou me olhando, e uma emoção inexplicável jorrava em mim por isso.
Eu : Como vai sua mãe, seu pai, seus irmãos? - perguntei.
Justin : Estão todos bem. E sua mãe, como está?
Eu : Bem.
Justin : Que bom.
Eu : E a turnê? - perguntei, ardendo de curiosidade.
Justin : Bom... eu preciso voltar domingo - admitiu ele.
Ah.
Ele iria embora de novo. Eu já deveria saber.
Lágrimas - lágrimas de um misto de raiva e dor - encheram meus olhos. Eu as limpei, sem graça.
Que reação mais retardada.
Justin : Você está chorando? - perguntou ele, surpreso.
Eu : Não.
Ele hesitou, e se aproximou de mim. Eu senti seu cheiro e aquilo fez minha cabeça girar.
Justin : Posso te abraçar? - perguntou ele.
Eu o olhei, lendo sua expressão. Então cheguei mais perto dele, e ele estendeu os braços. Eu o abracei, e nós quase nos esmagamos.
Eu senti meu coração acelerar. Senti o sangue pulsar forte nas veias. Senti vontade de aquele momento fosse eterno. Desejei nunca mais me separar dele.
Eu me senti inteira de novo.
Justin : Eu te amo - sussurrou ele.
Eu : Eu também te amo.
Silêncio mais uma vez. Eu levantei a cabeça para olhá-lo.
Nossos rostos estavam próximos, muito próximos. Eu fechei os olhos enquanto ele se aproximava mais ainda.
E seus lábios estavam nos meus.

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E aí estão gostando ? Demorei mais postei , bem o que vocês acham que vai acontecer ?




sábado, 26 de janeiro de 2013

Be Alright - Capítulo 38


(apenas avisando que eles, Justin e você , não estão juntos nesse gif ok? Nem se olhando nem nada, só está mostrando ele chorando de um lado e ela do outro, eu que fiz por isso que não ficou bom h3h3h3 mas o que vale é a intenção né?!)

Você narrando

Eu : Você é um idiota. - Eu ria, deitada no colo de Niall. Era impressionante como ele conseguia me fazer sorrir, e eu nem sabia disso até hoje.
Niall : É sério. Mas depois eu me vinguei.
Eu : O que você fez?
Niall : Eu o desafiei a comer terra.
Eu : Mentira? - Eu abri a boca, chocada. Não acreditava que ele tinha feito o Phe comer terra num desafio.
Niall : É sério.
Eu : Você é muito mau!
Niall : Claro que não, ele me fez beber leite com pimenta e um monte de coisas, uns temperos esquisitos... Foi uma troca junta.
Eu ri.
Niall : Bom, sua vez - disse ele.
Eu : Hmmm... Deixa eu pensar... Ah, lembrei. Quando eu tinha 6 anos meus me levaram para passar as férias de verão no sítio da minha avó, e tipo...
Ele erguei um dedo, e eu parei de falar.
Niall : Você, num sítio? - perguntou.
Eu : Sim, qual o problema?
Niall : É que você é tão patricinha, não consigo imaginar. - Enquanto falava, ele fazia cafuné no meu cabelo. Eu me senti estranhamente confortável com isso.
Eu : Não sou patricinha. - Fiz uma careta.
Niall : Ah, pode apostar que é. Mas enfim, continue.
Eu : Ok... então, lá era um lugar bem simples, tipo você atravessa e rua e tem cachoeiras... E minha tia foi também e levou os meus primos e tudo mais, e eu levei uma câmera para poder gravar tudo, então durante as férias inteiras nós gravamos tudo lá no sítio, tipo absolutamente tudo que você pode imaginar; a gente acordando cedo para tirar leite da vaca, pulando pedra, cachoeira e tudo mais... Uma filmagem que hoje em dia daria um filme, juro para você. Era a coisa mais legal, divertida, acho que foi as melhores férias da minha vida... Lotado de crianças, nós fazíamos guerra de travesseiro e ainda tinha aquele monte de coisas gostosas para comer. 
"Aí nós começamos a tipo entrevistar as pessoas do sítio também, então foi uma das férias que me trouxe muitas lições de vida e tal porque eu fui na casa de muitas pessoas, pessoas que moravam no meio do mato... E nós chegávamos e falávamos que éramos da tv e se podíamos entrevistar as pessoas, eu até conheci uma senhora e ela morava no meio do mato, numa casinha assim... Não dá para explicar, aí eu comecei a fazer perguntas para ela, como era viver ali e tudo mais, ela nunca tinha visto uma tv na vida, ela nunca tinha visto nada de diferente, a casa dela era uma casa redonda assim, tipo de papel, e tinha uma cama de solteiro que ela dormia com o marido dela e um fogão à lenha, só. E na filmagem tinha tudo, eu fazendo perguntas, perguntando se ela não tinha filhos... aí ela dizia "Os filhos a gente cria pro mundo, eu tenho os meus filhos mas eu não sei onde eles estão", e sabe aquilo cortava o meu coração, e eu perguntava assim "A senhora não sente falta de uma revista, uma tv? O que a senhora faz o dia inteiro aqui?" aí ela respondia "Eu cuido das minhas plantas", então tipo oi? Oi? Não tem tv?"
"Enfim, resumindo, foi uma das férias mais incríveis da minha vida, teve uma parte da filmagem onde tinha um monte de bois correndo atrás de mim e eu gritando que nem uma louca, eu me joguei cerca a dentro, foi muito engraçado... tem o meu primo caindo do cavalo, muito louco. Enfim, no último dia das férias, no último dias das férias, onde aquela câmera era o nosso maior tesouro porque ali tinha o vídeo do século, do ano... Eu derrubei a câmera na rio. Palmas, porque eu sou muito inteligente, obrigado!"
"Eu passei as férias inteiras colocando a câmera em cima de pedras, pulando cerca, e nunca derrubei a câmera no chão. No último dia, prestes à ir embora, eu derrubei a câmera no rio, porque eu sou muito inteligente."
Ele começou a rir. Eu fiquei olhando. Sabe, não me lembrava de seu sorriso ser tão bonito.
Niall : É sério? Nossa, como você é esperta!
Eu : Idiota, você sabe que eu sempre fui desastrada.
Niall : É verdade, mas isso foi indesculpável. Eu daria tudo para ver esses vídeos.
Eu : Sou uma idiota.
Ele ficou me olhando.
Niall : Você é linda - disse, por fim.
Eu : Obrigada - agradeci, corando levemente.
Ele arregalou os olhos, o choque passando pelo rosto. Depois, recompôs a expressão.
Eu : O que foi? - perguntei, unindo as sobrancelhas.
Niall : Nada. - Ele desviou o olhar, sorrindo com o canto dos lábios.
Eu : Fala - insisti.
Niall : É besteira.
Eu : Então me diz.
Niall : Não.
Eu : Fala agora.
Niall : Deixa de ser teimosa.
Eu : Ugh - resmunguei, me levantando. Andei até a porta.
Niall : Ei amor, volta aqui! - ele disse, me seguindo. Pegou meu braço levemente.
Eu : O que foi? - perguntei, girando para lhe encarar.
Niall : Como você é temperamental! - Ele riu.
Cruzei os braços e arqueei uma sobrancelha.
Eu : Me diz o que é.
Niall : Tá, é que é a primeira vez em meses que eu vejo cor no seu rosto.
Eu : Ah.
Niall : Agora já mereço um beijo?
Suspirei, pensando mais uma vez se aquilo seria errado.
Eu gostava de Niall. Ele era uma pessoa com quem eu podia ficar. O único problema era que eu não sabia o que aquilo significava para ele.
Mesmo assim, revirei os olhos e me aproximei dele. Ele sorria.
Me puxou pela cintura e me beijou.
Ele balançou a cabeça quando o beijo terminou.
Niall : Eu nunca vou entender você - afirmou.
Eu : Por quê?
Niall : Uma hora você fica brava comigo porque eu não quis falar uma besteira e outra hora me beija como se não houvesse amanhã.
Mordi o lábio, lembrando do domingo que fomos ao cinema. Ele tinha me dito uma coisa parecida. 
Lembrei de que o tinha beijado só para lembrar dele. Nunca iria me perdoar por isso.
Eu : Acho que eu preciso de um psicólogo - conjecturei.
Niall : O seu psicólogo sou eu baby.
Eu ri.
Eu : Idiota!
Estremeci ao falar isso. Me trazia lembranças que eu não gostava, mas era uma mania antiga e eu não ia abandonar.
Eu : Eu estou com fome - reclamei.
Niall : Eu também.
Eu : Então vamos comer alguma coisa...
Niall : Sim. - Ele me deu um selinho e pegou na minha mão.

Justin narrando


Revirando na cama, mais um noite insone. Comecei a pensar nas coisas que estavam acontecendo.
Era difícil não ter ninguém para desabafar. Alfredo poderia me ouvir, mas ele estava irritado comigo, então não daria muito certo.
Levantei e peguei uma caneta e um caderno, meu caderno de canções. Já sabia o que fazer.
Eu iria lançar um album acústico em Janeiro, e pretendia colocar 3 músicas novas nele. Eu iria escrever uma agora.
Despejei tudo na letra.. Enquanto escrevia até deixei algumas lágrimas escaparem.
Nada é como nós, dizia a canção.
Ficou pronta em meia-hora. Me impressionei com a rapidez. Mas tinha ficado ótima, mais que ótima. Retratava perfeitamente o que eu estava passando.
Se ela soubesse... se ela soubesse que praticamente todas as canções do meu último album são para ela, se ela soubesse que eu só penso nela o tempo todo, se ela soubesse que é o seu rosto que domina minha mente, se ela soubesse o quanto eu sinto sua falta... Ah, se ela soubesse.
Mas ela não sabe. Porque eu sou estúpido. Porque eu sou muito estúpido. Porque eu fiz a melhor coisa que já me aconteceu, sofrer. Porque eu magoei, porque eu decepcionei, porque eu menti...
Porque eu sou um idiota.
Eu nunca devia ter feito isso.
Nunca.
Olhei a letra no papel. Tinha ficado assim. Dizia tanto sobre mim. Eu podia até imaginar o toque melancólico.
Sempre expressei meus sentimentos em música, e não era diferente agora. Acho que era a música mais triste que eu já havia escrito, porque retratava o fim de tudo.
Tão injusto.
Voltei para a cama e fechei os olhos.
Não há nada como nós dois, repeti em meio as lágrimas.
Nunca haveria.

Você narrando


Eu pensei que o buraco estava cicatrizado.
Eu errei.
Ele ainda estava ali, mais dolorido do que nunca.
Nem o Niall podia me livrar disso. Ninguém podia.
Amor é dor. Eu aprendi isso da pior forma possível.
Afinal, como podia imaginar que o garoto que enxugava minhas lágrimas um dia seria o motivo delas?
Ele acabou comigo. Ele partiu meu coração, ele detonou o meu psicológico.
E, de alguma maneira, eu ainda conseguia amá-lo. Porque não importa o quanto uma pessoa te faça sofrer, você sempre vai se lembrar do quanto ela te fez sorrir.
Doía tanto saber que nada do que vivemos foi verdadeiro para ele.
Foram tantas palavras... mas não foi só isso.
Foi amor. Pelo menos, da minha parte, foi amor.
Estava me perguntando se ele era cantor ou ator. Ele devia ganhar um Oscar, porque eu sinceramente, nunca vi alguém fingir tão bem.
Ele foi frio comigo. Olhou no fundo de meus olhos e disse calmamente que tudo não tinha passado de um deslize. Ele me enganou e deixou-me sangrando.
Me contorci, tentando arrumar um jeito de expulsar a dor. Cruzei os braços fortemente diante do peito, mas de nada adiantou. Depois me sentei na cama, abraçando-me para tentar juntar meus pedaços.
Quando não consegui, apoiei o rosto nas mãos e chorei. Chorei como a criança que não era mais.
Afinal, crianças não choram por corações partidos, não é?

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Desculpa a demora , mas é que vocês quase não comentam e isso não me motiva aí eu fico sem criatividade , por favor comentem por favor ......

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Be Alright - Capítulo 37

Revirei na cama, desejando ser forte o suficiente para dormir, mesmo com a dor que me assombrava. Depois levantei, sabendo que não conseguiria.
A noite estava bonita hoje, reparei. A luz da lua clareava o quarto, uma vez que a cortina não estava cobrindo a varanda.
Andei até a varanda e comecei a observar as estrelas e a lua. Sempre preferi a noite do que o dia, particularmente.
Pensei nas coisas que haviam acontecido hoje. Tinha sido um dia ruim, basicamente, uma vez que fui egoísta o suficiente para usar as pessoas para despertar minhas lembranças malucas. 
Será que eu estava ficando louca, no sentido literal do termo?
Era provável.
E, apesar de tudo, eu tinha gostado. Não por me lembrar ele , mas simplesmente por ter gostado.
Será que eu estava me apaixonando por Niall de novo? 
Não, provavelmente não. Se tivesse, o buraco já teria sumido, não é? E eu não pensaria mais em Justin.
Me contorci ao pensar o nome dele; a pontada no peito foi dolorida e aguda. Eu tinha que tomar mais cuidado; estava me permitindo demais pensar nele, e eu tinha certeza que isso causaria efeitos depois, provavelmente quando eu estivesse sozinha.
Como agora.
Todas as coisas que andava reprimindo começaram a se arrastar até mim. As imagens da lembrança de hoje começaram a ecoar em minha mente, as lágrimas encheram meus olhos.
Olhei a lua novamente, pensando nele.
Eu : Eu te amo - murmurei como se ele pudesse ouvir, ainda olhando a lua.
Um meteoro atravessou o céu, me deixando maravilhosa. Eu olhei, surpresa; nunca havia visto uma estrela cadente na vida.
Ter ele aqui novamente, pensei automaticamente quando lembrei que devia fazer um pedido. A estrela caiu no horizonte segundos depois.
Talvez esse fosse meu maior desejo mesmo, um desejo quase impossível de realizar. Ele não voltaria, eu estava ciente disso.
Pensar nisso só me deixava mais deprimida do que o normal, se é que isso era possível, então fui até o banheiro e peguei alguns remédios. Depois voltei para a cama, pegando o copo d'água que estava no criado mudo da cama e tomei.
Eram remédios para gripe, do tipo que me fazia ficar mole de sono. Era um dos únicos jeitos que eu havia encontrado para dormir.
Funcionou; minutos depois, afundei na inconsciência.
Acordei com o despertador tocando.
Gemi ao olhar a varanda; estava frio, muito frio. Hoje era meu último dia de aula, o que era péssimo. Sem os deveres de casa, como eu ia me ocupar?
Virei na cama, desejando ter mais algum tempo para dormir. Por fim, levantei, sabendo que tinha que ir à escola de qualquer forma.
Tomei um banho quente, e depois me vesti. Ao ter certeza que estava aquecida o suficiente, peguei minha mochila e desci as escadas.
Amy havia preparado panquecas; eu comi, pela primeira vez, com vontade. Ela pareceu feliz com isso.
Peguei as chaves do carro e segui para a garagem.
Minha cabeça estava à mil. Eu tentava entender o que estava acontecendo, mas nenhuma peça do quebra-cabeça se encaixava.
Eu só tinha certeza de uma coisa; Niall era teimoso. Eu o conhecia o suficiente para saber que ele não ia desistir.
Será que eu devia dar uma chance à ele?
Talvez sim, talvez não. Eu não sabia ao certo.

                                             Niall narrando

Acordei cedo, mesmo sabendo que não tinha nada para fazer além de ir ver a Seu nome mais tarde. Eu estava na sala de televisão enquanto assistia um programa qualquer na tv. A verdade é que eu não conseguia parar de pensar nela, então não prestava muita atenção.
Ela era um mistério.
Eu não conseguia entender; suas variações de humor me deixavam confuso. A única coisa de que eu tinha certeza era que não ia desistir de fazê-la feliz. Eu precisava do seu sorriso do mesmo modo de como precisava de ar para respirar.
Olhei o relógio; eram 15:00. Ela já chegara, concluí.
Troquei de roupa, e fui até a cozinha procurar Phe. Ele estava lá.
Phe : Hmmm, acho que você vai sozinho hoje - disse ele ao me ver.
Niall : Isso é bom - murmurei.
Phe : Claro que é, agora ela está cedendo.
Niall : Ela está confusa.
Phe : Eu sei. - Ele suspirou. - Detesto vê-la assim. Eu gostaria de poder quebrar a cara daquele maldito do Bieber.
Niall : Eu também. Espero poder fazer isso um dia.
Phe : Terá a minha ajuda.
Eu ri.
Niall : Tchau - falei, virando as costas.
Phe : Boa sorte - murmurou ele.

[...]

Entrei na casa, indo direto para a sala de televisão, eu sabia que ela estaria lá.
E me deparei com uma cena que não esperava.
Ela estava praticamente deitada, usando um moletom que batia nas suas coxas, mas, desse modo, eu podia visualizar sua perna inteira. Seu cabelo estava bagunçado.
Ela estava sexy. Muito sexy.
Você : Niall? - Ela se espantou ao me ver.
Niall : Nossa, que bela recepção - murmurei, mordendo os lábios enquanto inevitavelmente a olhava.
Você : Ninguém te ensinou que deve bater na porta antes de entrar? - exclamou ela, se levantando e puxando o moletom para baixo. Não deu certo; suas pernas continuavam à mostra.
Niall : Acho que foi uma boa ideia eu ter entrado sem bater.
Você : Idiota! - ela resmungou enquanto andava até mim. Me empurrou e saiu andando.
Eu ri daquela situação maluca.
Minutos depois ela voltou, o mesmo moletom só que com uma calça preta.
Fiz um beicinho.
Niall : Preferia a antiga.
Ela revirou os olhos.
Você : Você é um idiota! Avise quando estiver chegando da próxima vez.
Niall : Tudo bem, madame.
Ela riu.
Niall : Eu estava pensando... vamos ao Starbucks? - perguntei.
Você : Você tá louco?
Niall : Por quê?
Você : Está frio! Eu não saio de casa por nada nesse mundo.
Niall : Tudo bem, então vamos assistir à um filme e eu esquento você.
Ela hesitou, mordendo o lábio. Depois, recompôs sua expressão e disse:
Você : Claro.
Eu sorri, me aproximando dela. Ela sorriu, e eu a beijei.
Não havia nada melhor no mundo do que o beijo dela.
Absolutamente nada.

Justin narrando

Eu estava prestes à ter uma entrevista com a Ellen DeGeneres, o que me deixava até feliz porque ela era a minha apresentadora favorita. Quando entrei no palco, recebido pelos aplausos da plateia, cumprimentei a Ellen e me sentei na poltrona que ficava ao lado dela.

Ellen : Primeiro de tudo, vocês deviam saber pelo que Justin passou para chegar aqui. Ontem à noite ele estava se apresentando... Onde você estava ontem à noite? Atlanta, eu acho? - disse ela.
Eu : Estávamos em Atlanta.
Ellen : Atlanta... Você pegou um avião só para fazer isto hoje. Então, muito obrigado. Durante uma grande e louca turnê... Queria parabenizá-lo por tudo que você foi indicado. No American Music Awards você ganhou "Artista do Ano", você ganhou "Artista Masculino Pop/Rock Favorito", você ganhou "Album Pop/Rock Favorito por "BELIEVE", isso é incrível - derrubou a concorrência.
Eu : Obrigado.
Ellen : Indicações no Peoples Choice Awards: "Artista Masculino Favorito", "Artista Pop Favorito", "Album Favorito" por "BELIEVE", "Clipe Favorito" por "Boyfriend", "Fãs Musicais Favoritos" pelas Beliebers... Acho que não há mais nenhuma categoria na qual você poderia ser indicado.
Eu : Nossa, obrigado.
Ellen : Talvez "Artista Feminino Favorito"
Eu : Isso não poderia...
Ellen : Não seria... Então, vamos falar sobre o Grammy. Eu sei que isso é importante para você, foi uma grande decepção para você, não ter sido indicado?
Eu : Uma grande decepção? Eu diria que é certamente uma coisa pela qual eu estava ansioso, mas eu sei que vai acontecer um dia.
Ellen : Você tem bastante tempo, vai acontecer!
Eu : Sou tão jovem, sou abençoado por poder fazer o que eu amo todos os dias, e sou abençoado o suficiente para... o AMAS foi muito divertido para mim!
Ellen : Sim, aquilo foi incrível.
Eu : Então... espero que um dia.
Ellen : Mas isso é bom, te dá algo para... Quer dizer, você tem tanto que recebe, é tão bem-sucedido, é bom ter algo... ter uma meta, não é?
Eu : Sim, claro.
Ellen : Então você vai continuar trabalhando e você ainda vai ser indicado a vários Grammys. Como você mesmo disse, você é muito jovem.
Eu : Obrigado, obrigado.
Ellen : Desde que você esteve aqui, muito aconteceu com você... Você decidiu dar um tempo na carreira, por que decidiu isso? E como foi?
Eu : Bom, eu sou muito jovem, e acho que estava meio sobrecarregado, e eu não estava conseguindo associar os estudos à minha carreira, por exemplo. Então eu decidi dar um tempo. Foi bom para mim.
Ellen : Uau, isso é bom... Eu fiquei sabendo que você teve um relacionamento nessa pausa.
Remexi na poltrona, inquieto. Eu ficava nauseado ao falar disso.
Eu : Sim, eu tive.
Ellen : A filha de Nome da sua mãe... Seu nome, não é? Eu vi fotos... Ela é bem bonita.
Algumas fotos passaram na tela, fotos de nós dois.
Eu : Sim, ela é.
Ellen : Vocês ainda estão juntos?
Eu : Não, nós decidimos terminar.
Ellen : Oh, e como você se sente em relação a isso?
Pensei um pouco antes de responder.
Eu : Foi meio difícil.
Ellen : Certo... Tudo bem, vamos mudar de assunto, eu soube que você tem novas tatuagens, as quais eu deveria ver.
Fiquei mais confortável com esse assunto, e o resto da entrevista foi divertida. Ela falou sobre a minha roupa ao visitar o primeiro Ministro do Canadá e nós atiramos bolinhas um no outro, foi engraçado. Depois, me apresentei e voltei para o hotel onde estava. Não tinha show hoje, então não havia nada com que me ocupar.
Sentei no sofá, liguei a tv e procurei alguma coisa para assistir. Uma matéria me chamou a atenção.
- A ex namorada do astro teen Justin Bieber, Seu nome e sobrenome, filha da famosa atriz Nome da sua mãe foi vista indo ao cinema com dois garotos desconhecidos. Testemunhas afirmam que ela está ficando com um deles, o que é interessante, afinal ela e Bieber acabaram de terminar seu relacionamento, provavelmente por causa da incompatibilidade de agenda. Aqui vão algumas fotos exclusivas para vocês!
Olhei detalhadamente as fotos dela e do Niall. Eu devia saber que era ele.
Mas eles não estavam se tocando, não, pelo contrário, mantinham uma distância considerável entre eles. Porém, mesmo assim, eu senti meu coração se apertar.
Desliguei a tv, irritado.
Certo. Ela estava com o Niall.
Tudo bem, ela tinha que reconstruir a vida dela. Ela tinha que ser feliz.
Porra, a quem eu estava querendo enganar? Eu não gostava disso, porque deveria ser eu. Deveria ser eu a fazendo sorrir, deveria ser eu segurando suas mãos, deveria ser eu sentindo o gosto do seu beijo... Porra, deveria ser eu.
Eu não estava com vontade de chorar agora, com certeza não.
Em vez disso fechei os olhos, lembrando dos detalhes do rosto dela. A linha reta de seu nariz perfeito, o formato de seu rosto, os lábios, seus olhos ( cor do seus olhos ), seu cabelo liso ...
Nunca desejei estar ao lado de alguém como desejava estar ao lado dela. Sabe, nunca pensei que o amor ia me pegar de surpresa assim, muito menos que me apaixonaria por alguém à ponto de mudar a minha vida.
Eu havia feito planos com ela, eu queria realizá-los. Eu queria que seu rosto fosse a primeira coisa que eu visse ao acordar, queria ter com ela lindos bebês e queria também envelhecer ao seu lado.
Clichê. Muito clichê, como diria ela. Porém verdade.
Eu não ia aguentar muito tempo mais sem ela. Eu ia voltar.
Será que devia?


terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Imagine Novo

Hey Beliebers , eu estou escrevendo um Imagine novo , mas não vou parar de postar essa , bom só queria avisar que vou deixar o link aqui para quem quiser ler (:

http://imaginebelieber-carolrodrigues2.blogspot.com.br/

Esse é o link î 

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Be Alright - Capítulo 36

Em seguida, ele colocou a mão na minha nuca e... seus lábios estavam nos meus.
NÃO, EU NÃO QUERIA ISSO!
Eu não tinha decidido isso, eu não queria dar a impressão errado à ele.
Mas... eu estava gostando.
Apesar disso, meu peito gritava por ele (ele no caso é o Justin, quando eu escrever ele em itálico é o Justin, é porque a Seu nome não pensa no nome dele porque machuca ela), pedindo o beijo dele.
Minha cabeça estava quase explodindo.
Nos faltou fôlego, e o beijo cessou.
Olhei para o chão, analisando meus sentimentos.
Primeiro, o buraco continuava ali, e doía mais ainda.
Segundo, cada célula do meu corpo gritava por ele.
E terceiro, eu queria aquilo de novo.
Num reflexo, levantei a cabeça e dessa vez eu puxei Niall em outro beijo.
Ele sorriu entre o beijo, me fazendo sorrir também.
E, por um momento, eu não estava beijando Niall. Eu estava beijando ele.
Não sei se era o hálito de menta ou o jeito de mover os lábios, mas seus beijos eram parecidos. Eu nunca tinha reparado nisso.
Aquilo me trouxe mil lembranças remotas, e todas continham ele.
Eu sabia que era errado, extremamente errado, mas a verdade era que eu estava beijando Niall porque me lembrava Justin.
Niall : Eu sabia - murmurou ele quando o beijo acabou.
Eu : Isso foi... errado - falei, me afastando dele.
Baixei a cabeça, envergonhada pela minha reação.
Niall : Não, não foi - protestou Niall, me puxando para seus braços. - Se você me der uma chance, eu posso fazer você esquecer ele.
Eu : Acontece que eu não vou usar você para esquecê-lo!
Niall : Eu não me importo.
Eu : Pois devia! - sibilei, irritada.
Tentei sair de seus braços, mas ele me manteve ali.
Niall : Eu quero você, de qualquer forma, não importa como... Me use se quiser, estou à sua disposição. - Ele riu.
Eu : Você é absurdo.
Niall : O amor é absurdo, Seu nome completo.
Eu : Não me chame de Seu nome completo.
Niall : Esqueci que você detesta que te chamem assim.
Eu : Lembre-se da próxima vez.
Niall : Nós podíamos testar aquilo de novo... - Ele sorriu maliciosamente, se aproximando do meu rosto.
Eu virei a cara.
Eu : Não, e já pode me soltar.
Niall : Nunca. - Seus olhos arderam, a sinceridade estampada neles. Mas eu já tinha visto essa sinceridade em outros olhos, e de nada servira ela.
Eu : Niall...
Niall : Diga, princesa.
Respirei fundo, tentando afugentar a lembrança que a palavra princesa me causou.
Eu : Não me chame assim, por favor.
Niall : Por quê? Você costumava adorar isso antigamente.
Eu : Eu costumava ser um monte de coisas e hoje em dia não sou mais nada.
Niall : Quem sabe eu possa te ajudar a voltar a ser quem você era antes.
Eu : Não, obrigada.
Niall : Você é tão teimosa.
Eu : Sempre fui.
Niall : Tem razão. - Ele suspirou.
Eu : Olha, eu sinto muito, tá? Eu queria muito te olhar e poder dizer que te amo, eu queria poder te fazer feliz, mas eu não posso, eu não consigo... Porque é ele. Sempre será ele. Você acha que eu estou assim porque quero? Niall, o buraco no meu peito é incapacitante. Você não pode curar.
Niall : Eu posso tentar.
 Eu : Você não vai conseguir. Ninguém consegue, nem eu mesma.
Niall : Se eu não tentar, não vou conseguir mesmo.
Baixei a cabeça, sem responder.
Phe : Olha, cansei de enrolar - disse Phe, aparecendo com os ingressos na mão. - Vejo que vocês estão se acertando, e se quiserem eu vou embora, até porque segurar vela não é meu forte.
Niall : Pode s... - começou Niall, mas eu o interrompi:
Eu : NÃO! Você fica!
Phe : Tem certeza? - Phe ergueu uma sobrancelha.
Eu : Tenho.
Phe : Tá né... Bom, o filme vai começar daqui a pouco. Vamos.
Eu assenti e nós entramos, seguindo para o balcão de balas e guloseimas. Fizemos nossos pedidos, quer dizer, Phe e Niall fizeram os dele; eu não estava com fome.
Phe : Não vai querer nada? - perguntou-me Phe.
Balancei a cabeça.
Phe : Tem certeza? Você adora Nachos.
Eu : Adorava - murmurei.
Niall sacudiu a cabeça e se virou para pegar seu balde de pipoca.
Entramos na sala de cinema, escolhemos nossos lugares e nos sentamos. Niall ficou do meu lado direito, e Phe no esquerdo.
Estremeci ao ver um casal se beijando na tela; era um anúncio de um filme.
Automaticamente, fechei os olhos e virei a cabeça. O problema era que esqueci que Niall estava ali, e do modo como o fiz, parecia que estava virando a cabeça para o peito dele.
Obviamente, ele entendeu errado e me puxou, dando-me um beijo na testa. Isso me lembrou ele.
Era egoísmo, puro egoísmo deixar que Niall ficasse com a impressão errada, era ridículo deixar que ele achasse que realmente estava acontecendo algo entre nós quando na verdade tudo era um modo de lembrar dele sem dor.
Era completamente estúpido, mas a verdade é que não afastei a cabeça porque, além de estar gostando, me lembrava o modo como ele agia às vezes.
Niall afagou meu braço levemente, e eu fechei os olhos.
Por um momento, eu não estava mais na sala de cinema, e sim na casa dele assistindo o filme mais meloso e romântico do mundo.
Minha cabeça pousava levemente em seu peito enquanto eu derramava lágrimas ao ver o pai de Ronnie morrer em A Última Música. Justin se divertia com a minha reação.
Justin : Ah amor, é só um filme - ria ele.
Eu : O filme mais triste do mundo.
Justin : Não gosto de te ver chorar - disse, enxugando as lágrimas que caíam sobre minha face.
Eu : Sou sentimental demais, choro por qualquer coisa.
Justin : É verdade. - Ele gargalhou.
Eu : Idiota - murmurei.
Justin : Apenas estou confirmando o que você disse.
Eu : Ninguém te contou que não se deve concordar com uma mulher quando ela se menosprezar?
Justin : Acontece que você não é só uma mulher.
Eu : Hã?
Justin : Você é a mulher da minha vida. - Seus olhos arderam ao dizer isso.
Eu : E você é o homem da minha.
Justin : Acho que somos perfeitos um para o outro.
Eu : Sim, somos.
Ele beijou minha testa, e naquele momento a única coisa que eu fiz foi pedir, mentalmente, à Deus que aquilo durasse para sempre.
Justin : Para sempre - disse ele, como se pudesse adivinhar meus pensamentos, e em seguida me beijou.
O som de um tiro no filme me trouxe à realidade. Um rasgo se abriu em meu peito, e logo as lágrimas estavam rolando pelo meu rosto. Eram silenciosas: ninguém havia percebido, então eu me levantei e saí da sala de cinema.
O saguão estava vazio, e eu me sentei no banco estofado de veludo junto à parede.
Coloquei o rosto entre as mãos e chorei.
Eu sentia meu coração mais dilacerado do que nunca. As imagens apareciam em minha mente e eu tentava bloqueá-las, sem competência nenhuma.
Niall : Seu Nome? - perguntou Niall, se sentando ao meu lado.
Eu : Volte - consegui falar entre os soluços.
Niall :  Não, jamais.
Ignorei a sua presença e continuei chorando, enquanto ele me encarava sem reação. Segundos depois, resolveu me puxar num abraço.
Eu me afastei.
Eu : Não.
Niall :  Pelo menos me conte o que está acontecendo.
Balancei a cabeça.
Eu : Você não vai querer saber - assinalei.
Niall :  Sim, eu vou. Será que vou ter que desenhar que me importo com você?
Não respondi. Mesmo depois de chorar tanto, a dor não desapareceu. Ela continuava ali, me massacrando, as bordas do buraco em meu peito queimando.
Niall :  Me diga o que é, por favor - implorou Niall.
Eu : Você não vai querer saber - repeti.
Niall :  Mel, eu estou pedindo, por favor, me diga o que é. Isso está me matando.
Me virei para encará-lo, e vi a dor em seus olhos. Senti-me culpada. Ele era a última pessoa no mundo a quem eu queria magoar. Mesmo eu o ignorando às vezes, mesmo o fazendo sofrer, mesmo o rejeitando, ele continuava ali. Ele era um anjo.
Eu : Sabe, Niall, eu queria muito te olhar e poder dizer que me sinto inteira - comecei. - Também queria dizer que eu sou uma pessoa feliz, mas eu não sou. Queria dizer que minha vida é completa, que eu sinto vontade de viver. Mas eu não sou, eu não tenho, eu não sinto. Lembra de quando eu vim embora? De quando nós nos abraçamos e choramos no aeroporto, pensando que nunca mais íamos nos ver? Lembra das lágrimas, do sofrimento, do desespero? Quando eu cheguei aqui estava acabada, meu coração doía. Mas era diferente. Meu coração ainda estava aqui, mas agora ele foi arrancado e substituído por um buraco. Meu peito está oco, vazio. E esse buraco dói. Quando Justin foi embora - respirei fundo para suportar as pontadas que o nome dele causava no meu peito -, ele levou tudo com ele. E agora, quando eu fecho os olhos é o rosto dele que eu vejo, quando estou dormindo é com ele que eu sonho.
As palavras estavam tropeçando uma na outra e saindo incoerentes, então respirei fundo para recapitular o sentido, e continuei:
Eu : Ele está em tudo, tudo que eu vejo, toco ou escuto me lembra ele. Você não entende, ninguém entende a dor que eu sinto. Quando ele se foi, meu mundo perdeu a cor e o brilho. Porque quando ele foi embora, foi o fim de tudo.
Niall me encarava, chocado.
Merda, merda, merda! Por que eu tinha falado tudo aquilo? Eu era burra ou o quê?
Me senti a pessoa mais vulnerável, hipócrita e estúpida do mundo. Como eu podia falar isso para o Niall, sendo que ele sofria com a minha dor? Como?
Um erro após o outro. Não era muito inteligente.
Eu : Desculpe! - falei. - Você não precisava ficar sabendo disso! Eu sou muito estúpida, me des...
Niall : Ei, não precisa pedir desculpas! - ele me interrompeu. - Eu pedi para você falar, e além do mais estou feliz em entender o que está acontecendo com você.
Não respondi. As lágrimas encheram meus olhos, e eu coloquei o rosto entre as mãos e chorei novamente.
Niall me puxou para seu peito, e dessa vez não protestei, deixando que minhas lágrimas molhassem sua blusa.
Niall : Oh, Seu nome - murmurou ele, afagando minhas costas. - Eu tenho uma coisa para te dizer. É muito piegas, mas...
Eu : Diga.
Niall : Eu quero que saiba que eu nunca vou magoar você. Eu jamais vou te fazer sofrer, e eu sempre estarei do seu lado. Puxa, isso está mesmo piegas, mas é verdade. É por isso que insisto tanto, mas eu não sabia que seu problema era tão grave assim. Eu posso te ajudar, ou melhor, posso tentar te ajudar. Eu te amo, e não vou deixar nada te machucar, nunca.
Levantei a cabeça e o olhei, seu rosto era condescendente, a sinceridade estampada ali.
Eu : Obrigada - eu disse, por fim, a voz fervendo de gratidão. Era bom saber que ele estava do meu lado. Bom até demais.
Niall : Não há de quê - disse ele, me puxando num abraço.
As lágrimas ainda estavam no meu rosto, e o buraco no meu peito ainda latejava.
Era mais do que eu merecia. Eu tinha sido completamente egoísta com o Niall, eu o usei para despertar minhas lembranças loucas, eu tinha sérios problemas.
Eu : Merda, eu estou te impedindo de ver o filme né? Pode voltar, eu vou embora... - falei, me levantando.
Niall : Eu não quero ver aquele filme, e não vou te deixar ir embora sozinha!
Eu : Por quê? - perguntei, confusa.
Niall : Porque não.
Eu : E o Phe?
Niall : Vamos de táxi, ele volta com o ca... Opa, falando nele! - disse, olhando por sobre meu ombro.
Eu me virei e vi Phe andando até nós. Assim que chegou perto de mim, me abraçou.
Phe : Você está bem? Parecia que estava chorando - disse.
Eu : Não foi nada, eu estou bem, obrigada.
Phe : Bom... fico feliz. À propósito, aquele filme é uma bosta. - Ele me soltou.
Eu : Já acabou? - perguntei, surpresa. Será que eu tinha passado tanto tempo assim aqui fora?
Phe : Não - respondeu ele. Só que estava chato demais e eu decidi sair antes de terminar. Planejava ir embora, pensei que vocês estavam se pegando. - Ele riu.
Revirei os olhos.
Ouvi Niall murmurar alguma coisa: parecia um "bem que eu gostaria", mas eu não tinha certeza.
Eu : Bom, cinema fracassado. Eu falei que não era uma boa ideia - acrescentei. - Vamos.
Phe : Vamos - concordou Phe, andando até a saída. Eu o segui com Niall do meu lado.
Entramos no carro silenciosamente. Escolhi me sentar atrás, mas Niall veio ficar do meu lado. Me afastei o máximo que pude, e ele cerrou os lábios, decepcionado. Não gostava de vê-lo assim, mas não ia lhe dar falsas esperanças. Não mais do que já tinha dado.
Phe ligou o carro e deu partida.
Ficamos em silêncio o resto do percurso, e isso era péssimo. Ficar em silêncio me fazia pensar, e quando pensava era sempre nele, o que era pior ainda.
Phe foi comigo até a porta de minha casa, se despediu e me deixou sozinha com Niall.
Eu : Bom... obrigada por hoje - agradeci à Niall, enquanto ele me olhava nos olhos, deixando-me sem graça.
Niall : Não há de quê. Obrigado, também.
Eu : Por? - Arqueei uma sobrancelha.
Niall : Fazer eu me sentir vivo.
Suspirei. Eu sabia do que ele falava, obviamente. Era do maldito beijo.
Eu : Acho que devo me desculpar por aquilo.
Niall : Não, foi ótimo. Mais que ótimo.
Eu : Foi errado.
Niall : Então por que o fez?
Congelei. O motivo era uma coisa que nunca contaria à ele.
Eu : Não sei - murmurei, baixando a cabeça.
Ele colocou o dedo no meu queixo, levantando meu rosto. Eu recuei à seu toque.
Niall : Você é um enigma - disse ele.
Eu : Como assim?
Niall : Uma hora eu te vejo e você, além de retribuir, me beija de novo. Outra hora, eu tento tocar em você e você simplesmente se afasta.
Fiquei em silêncio, eu não sabia como responder. Provavelmente porque ele estava certo.
Niall : O que fazer quando se está com muita vontade de fazer algo? - perguntou ele quando eu não respondi.
Eu : Hã?
Ele riu.
Niall : Se você está com muita de fazer algo, o que faz?
Eu : Ainda não entendi.
Ele riu de novo.
Niall : Como você é lerda, deixa pra lá.
Eu : Não, fala, eu fiquei curiosa.
Niall : É pra ser objetivo?
Eu : Sim.
Ele se aproximou de mim, pegando na minha cintura e aproximando seu rosto do meu.
Niall : Eu quero beijar você, então o que eu faço?
Eu não ia ser idiota, não ia dizer que sim, quer dizer, eu não podia fazer isso, apesar de querer. Mas eu não queria me afastar. Eu gostei de sentir seu cheiro, eu gostei de sua mão em minha cintura, eu estava gostando mais do que devia.
Eu : Me beije - falei automaticamente. Assim que as palavras saíram, eu me arrependi delas.
Mas já era tarde demais.
E, mais uma vez, eu me lembrei dele.
Assim que o beijo acabou, Niall sorriu, tirando uma mecha de cabelo do meu rosto e colocando atrás da orelha.
Niall : Você é mesmo um mistério - disse.
Eu : É, acho que eu sou - admiti. - Agora eu preciso ir.
Niall : Até amanhã - ele disse, pegando uma das minhas mãos e afagando.
Eu : Até - falei, e me virei.
Niall : Ei! - ouvi ele exclamar.
Eu : Oi? - Me virei.
Niall : Eu não mereço um beijo de despedida?
Suspirei. Eu era mesmo uma idiota.
Voltei alguns passos e dei um selinho rápido nele. Depois virei as costas novamente e fui até minha casa sem olhar para trás.
Minha mãe me esperava, olhando-me sorrindo. Eu estranhei sua animação.
Sua mãe : Como foi a noite? - perguntou.
Eu : Chata - respondi.
Sua mãe : Não foi o que pareceu.
Eu : Do que está falando?
Sua mãe : Eu vi você beijando o Niall!
Eu : MÃE! Você estava me espionando?
Ela mordeu o lábio.
Sua mãe : Opa.
Revirei os olhos. Não estava surpresa; era tão a cara dela fazer isso.
Sua mãe : Desculpe - murmurou ela.
Eu : Não tem problema. Como vai as gravações ? - perguntei. ( ela estava fazendo um filme )
Ela me olhou, pasma. Devia ser porque era a primeira vez que eu lhe fazia uma pergunta direta desde... desde... desde...
Bom, deixa pra lá.
Ela recompôs sua expressão.
Sua mãe : Hã, bem. Em alguns dias vou ter que viajar para divulgar o filme.
Eu : Ah - murmurei. - Bom, estou indo.
Sua mãe : Boa noite - disse ela enquanto eu subia as escadas.
Eu : Boa noite.
Subi as escadas, tomei um banho e sentei na cama.
Analisei o que estava acontecendo.
Eu estava gostando do Niall, definitivamente. Mas estava com medo de magoá-lo; afinal eu estava gostando, não amando ele. E não devia ter contado meus sentimentos para ele. Tinha sido errado.
Eu sempre amaria Justin, e isso era inevitável. Mas, eu precisava viver, como disse Phe. Embora fosse continuar sofrendo.
Fechei os olhos, lembrando de Justin. Eu sabia que iria chorar em seguida, eu sabia que a dor era inevitável. Momentos depois, ela começou a me assombar.
As lágrimas já estavam rolando pelo meu rosto, o buraco no meu peito começou a queimar. Era sempre assim. E, de alguma forma, parecia maior hoje.
Me abracei, eu sempre fazia isso, tentando juntar meus pedaços. O bem que a presença de Niall havia me feito já tinha sumido, agora era só eu e o fantasma da dor. Senti meu coração se estilhaçar.
Como eu disse a Niall, era Justin. Sempre seria ele.
E eu largaria tudo por ele, eu esperaria o quanto que fosse preciso para estar ao seu lado, mesmo que ele tivesse me quebrado em pedaços. Só ele podia me curar.
















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Meu Deus, eu estou começando a fazer capítulos grandes demais, kkk.
Vocês odeiam o Niall? Sério? Tadinho poxa, ele é tão amável, eu não quero que vocês o odeiem.
O que acharam do capítulo? O que estão achando da confusão de sentimentos da Mel? O que acham que vai acontecer? Me contem tudo nos comentários, eu adoro quando vocês comentam o que estão achando. Vocês pararam de comentar de novo poxa ): 

Continuaaaaaaaaaaa

SWAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAG